Mourão diz que golpe de 1964 “enfrentou a desordem e a subversão”
Vice-presidente homenageou a data pelas redes sociais e afirmou que o governo do general Castello Branco fez bem ao país
atualizado
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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, fez homenagem ao golpe militar de 31 de março de 1964, que deu início à ditadura militar no Brasil (1964-1985).
Nesta terça-feira (31/03), o número dois do Palácio do Planalto usou as redes sociais para lembrar a data. “Há 56 anos, as FA [Forças Armadas] intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população”, escreveu no Twitter.
O vice-presidente ainda ressaltou: “Com a eleição do General Castello Branco, iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil”.
Não é a primeira vez que o vice-presidente faz declarações polêmicas sobre o período. No ano ado, ele minimizou o AI-5 — documento que fechou o Congresso, reduziu as liberdades e chancelou a tortura —, ao dizer que discordava do termo “ditadura”.
Em 1964, militares derrubaram o governo João Goulart e, em seguida, iniciou-se um regime ditatorial que durou 21 anos, sendo considerado o período mais obscuro da história brasileira.
Há 56 anos, as FA intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população. Com a eleição do General Castello Branco, iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil. #31deMarçopertenceàHistória pic.twitter.com/5QnCQ1qHEt
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 31, 2020
No ano ado, a data gerou crise no governo. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu que o dia fosse comemorado em quartéis e, com isso, provocou reações em diversos setores da sociedade.
Com a medida, inédita desde a redemocratização, o mandatário do país orientou os quartéis a celebrarem a “data histórica” e ressaltou a participação das Forças Armadas durante o golpe.
