Moro quer apuração de “circunstâncias anormais” em exoneração na PF
Advogado diz que ex-ministro foi consultado sobre demissão de Valeixo e não concordou. Planalto alega ser “praxe” colher depois
atualizado
Compartilhar notícia

A defesa do ex-ministro Sergio Moro informou nesta segunda-feira (25/05) que quer a apuração das “circunstâncias anormais” envolvidas na exoneração de Maurício Valeixo da Direção-Geral da Polícia Federal. Em nota, o advogado Sanchez Rios informou que em nenhum momento houve a coleta de s de forma física ou eletrônica, do ministro ou de qualquer outra autoridade no documento oficial publicado pelo Diário Oficial da União.
“A respeito do decreto de exoneração do ex-diretor-geral da Polícia Federal, dr. Maurício Valeixo, a defesa do ex-ministro Sérgio Moro informa que não houve coleta de s físicas nem eletrônicas de nenhuma das autoridades com atribuição para o ato. O ex-ministro não foi previamente consultado sobre a exoneração, com a qual, inclusive, ele não concordou. É preciso, portanto, a apuração das circunstâncias anormais envolvidas na publicação oficial”, disse Rodrigo Sánchez Rios, advogado do ex-ministro.
Em ofício enviado à Polícia Federal, a Secretaria-Geral da Presidência itiu que Moro não assinou o ato de exoneração, embora constasse a dele na publicação de 24 de abril. Também constava a do presidente Jair Bolsonaro como responsável pelo ato.
“Praxe”
Moro, que se demitiu no mesmo dia, disse ter sido surpreendido pela exoneração e que não a havia assinado. Na parte da tarde daquele dia, o Planalto republicou a exoneração, sem a do ex-ministro, somente com a do presidente.
Na resposta enviada à PF, a Secretaria-Geral alegou ser praxe publicar no “Diário Oficial” o nome do ministro responsável pelo órgão e que a física é colhida depois. “Segundo a praxe istrativa, a publicação em ‘Diário Oficial’ vem acompanhada da inclusão da referenda do ministro ou ministros que tenham relação com o ato”, sustentou a secretaria no ofício. A Secretaria-Geral disse também que não houve “qualquer objetivo deliberado” em fazer parecer que o ato havia sido assinado por Moro.
O esclarecimento foi prestado dentro do inquérito que investiga a denúncia de Moro de que Bolsonaro interferiu na corporação.