body { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Governo bancou 95% dos gastos com “Previdência” dos militares em 2018

Projeto de reforma prevê economia de R$ 10,45 bilhões em 10 anos com a categoria. No ano ado, rombo foi de R$ 44,3 bilhões

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Força Nacional de Segurança Pública
1 de 1 Força Nacional de Segurança Pública - Foto: Divulgação

O governo federal teve de pagar aproximadamente 95% dos gastos com pensionistas e inativos das Forças Armadas em 2018. O rombo com o sistema de proteção social dos militares – equivalente da categoria à Previdência – alcançou R$ 44,3 bilhões no ano ado. O déficit registrado em 2018 corresponde a mais de quatro vezes os R$ 10,45 bilhões que o governo prevê economizar em 10 anos com a reforma da Previdência dos militares.

O saldo negativo expõe uma enorme diferença entre o que se arrecada e o que se gasta no sistema previdenciário das Forças Armadas. Entre 2014 e 2018, a União teve de cobrir mais de 91% das despesas com aposentadoria de militares. As receitas associadas às pensões das Forças Armadas somaram R$ 2,4 bilhões em 2018, enquanto as despesas com militares pensionistas e inativos ficaram em R$ 47,9 bilhões. Ou seja, a receita cobriu apenas 5,11% de todo o gasto.

Os dados foram extraídos dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária produzidos pelo Tesouro Nacional e reajustados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 31 de dezembro de 2018. O documento referente a dezembro de 2018 exclui a receita desvinculada, isto é, considera apenas a quantia que veio das Forças Armadas e foi usada para pagar essas aposentadorias.

Se levada em conta a receita desvinculada – que deveria ser usada para pagar pensões, mas é tirada da Previdência dos militares –, haveria um acréscimo de cerca de R$ 1 bilhão no total arrecadado. Esse número permite uma comparação com os relatórios de anos anteriores, que somam os dois tipos de receita. A Desvinculação de Receitas da União (DRU) é uma medida usada pelo governo federal para destinar uma parte do que é arrecadado com tributos, como contribuições sociais, para outras áreas.

Mesmo com o acréscimo, a relação entre receita e despesa em 2018 ficou em 7,32%. Foi o pior desempenho desde 2014, quando chegou a 7,36% – uma arrecadação de R$ 3,1 bilhões, com gastos de aproximadamente R$ 42,5 bilhões.

 

A desigualdade observada entre a receita e a despesa no sistema previdenciário é maior para as Forças Armadas do que para outras categorias. Isso mostra que os militares, proporcionalmente, têm maior responsabilidade pelo déficit.

Independentemente de quanto recebem, militares ativos e inativos pagam uma alíquota de apenas 7,5% sobre os seus vencimentos, que é usada para custear suas aposentadorias. Cabos e soldados são isentos nos primeiros dois anos de serviço, bem como pensionistas e alunos de escolas de formação.

Servidores públicos que recebem menos do que o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de R$ 5.839,45, contribuem com uma alíquota de 11%. Para aqueles que ganham acima desse valor, o porcentual sobe para 14%. Trabalhadores da iniciativa privada pagam uma alíquota que pode ser de 8% (para vencimentos até R$ 1.751,81), 9% (de R$ R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72) ou 11% (de R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45). Além disso, seus empregadores são obrigados a contribuir com o INSS.

No Regime Geral da Previdência Social (RGPS), responsável pelas aposentadorias da iniciativa privada, as receitas (R$ 395,1 bilhões) cobriram 70,4% das despesas (R$ 561,3 bilhões) em 2018. Já no Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS), o que se arrecadou em contribuições (R$ 33,4 bilhões) cobriu 41,8% do que foi gasto (R$ 79,8 bilhões) no ano ado.

A partir de 2016, houve uma aceleração nas despesas com pensões e inativos militares. Foi neste ano que o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) apresentou sua proposta de reforma da Previdência. Na época, as Forças Armadas não foram incluídas no projeto, mas havia a promessa de que isso ocorreria em um segundo momento. De 2015 para 2016, as despesas caíram 4,9%, considerando-se a inflação do período. Entre 2016 e 2017, contudo, aumentaram 4,3%. Já de 2017 para 2018, ocorreu uma outra alta, de 9,4%.

Economia de R$ 97,3 bi e gasto de R$ 86,8 bi em 10 anos
A proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional prevê uma economia de R$ 97,3 bilhões em 10 anos. Isso viria do aumento da alíquota de contribuição, que aria a ser de 10,5% para os que já colaboram. O percentual também incidiria nos vencimentos das categorias isentas hoje: pensionistas, alunos de escolas de formação e cabos e soldados com até dois anos de serviço. Ou seja, mais gente pagaria o sistema, o que aumentaria a receita.

Mas o projeto traz também uma reestruturação das carreiras militares, gerando um gasto adicional de R$ 86,8 bilhões em 10 anos. Por isso, os ganhos obtidos com a mudança acabam sendo reduzidos, e a economia líquida restará sendo de somente R$ 10,5 bilhões em uma década. O déficit gerado pelo pagamento de pensionistas e inativos das Forças Armadas cresceu 12% de 2014 até o ano ado.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência, encaminhada pelo governo federal em fevereiro ao Congresso, prevê a economia de cerca de R$ 1 trilhão em 10 anos. Isso será obtido com uma série de mudanças nos regimes dos trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos civis. A proposta, que tem sido motivo de desentendimentos entre Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e o chefe do Executivo nacional, Jair Bolsonaro, tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, ainda sem data para ser votada em plenário.

Com reportagem de Maurício Moraes e edição de Natália Leal e Chico Marés

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?