Flordelis diz que marido ficava com 60% do salário dela como deputada
Deputada federal é acusada de ser mandante da morte do marido, ex-pastor Anderson do Carmo, em 2019
atualizado
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A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) afirmou ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (13/5), que o marido, Anderson do Carmo, morto em 2019, ficava com 60% do salário dela como parlamentar e que o dinheiro servia para manter a igreja onde eles eram pastores.
“O dinheiro era nosso. Eu é que ficava com 40% do dinheiro, o restante o meu marido ficava para pagar as dívidas, as contas, as nossas contas. Esse dinheiro não era istrado só pelo meu marido. O dinheiro da igreja e da família era istrado pelo meu marido e pelo filho principal que me acusou desse assassinato”, declarou Flordelis.
Ao relator do caso no Conselho, Alexandre Leite (DEM-SP), ela ainda contou que Anderson era apelidado de “514″, por agir como um dos 513 deputados da Casa, porém sem mandato.
“Ele me deu e. Também participava da bancada evangélica e logo se tornou amigo de alguns deputados, jogava bola, se tornou uma pessoa muito presente”, disse ela, ao entrar em detalhes sobre a atividade de Anderson na Câmara.
A deputada compareceu ao Conselho de Ética para defender seu mandato. “Eu não sou uma vergonha para o Parlamento, não sou nenhuma assassina”, disse.
Flordelis responde processo por quebra de decoro parlamentar, em decorrência da acusação de ser a mandante da morte do marido, Anderson do Carmo, em junho de 2019.