Fisco cobra R$ 17 milhões de Ciro Nogueira por sonegação
Débitos foram lavrados em 2017 e 2018. Senador foi nomeado nesta quarta-feira como ministro-chefe da Casa Civil
atualizado
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A Receita Federal aponta que o novo ministro da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), teria sonegado R$ 17 milhões. Os débitos foram lavrados em 2017 e 2018, segundo os autos de infração. A informação é do jornal O Globo.
Um dos casos investigados pela Receita se trata de suposto pagamento de propina das empresas JBS e UTC, no valor de R$ 6,4 milhões.
O Fisco também encontrou irregularidades envolvendo as empresas do parlamentar. Foi realizada uma série de depósitos, segundo os autos de infração, sem a identificação da origem dos recursos, o que indica existência de “contabilidade paralela, de ‘caixa 2′”.
Nogueira foi procurado pelo O Globo, mas não se manifestou. No âmbito da operação Lava Jato, o senador sempre negou as acusações.
“Tais fatos reforçam o entendimento de que o contribuinte recebeu montantes em espécie e não os declarou ao Fisco. Por sua vez, a existência de depósitos de pequena monta fracionados na mesma data ou em datas próximas também indicam que o contribuinte buscava ocultar o recebimento de propina em espécie”, afirmaram os auditores fiscais.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou, nesta quarta-feira (28/7), o senador como ministro-chefe da Casa Civil.
Nogueira vai ocupar o lugar de Luiz Eduardo Ramos, que a a chefiar a Secretaria-Geral da Presidência da República, vaga deixada por Onyx Lorenzoni – que foi remanejado para o Ministério do Trabalho e Previdência, recriado por Bolsonaro.