Fake news: suplente de Izalci, Luís Felipe Belmonte fica em silêncio na PF
Defesa alegou que não teve o aos autos da investigação que apura supostos financiadores de atos antidemocráticos
atualizado
Compartilhar notícia

O depoimento do advogado e empresário Luís Felipe Belmonte, alvo de mandado de busca e apreensão no âmbito do inquérito das Fake News, foi adiado pois a defesa não teve o aos autos.
O depoimento estava marcado para esta quinta-feira (18/06) na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília (DF). A defesa diz que aguarda a liberação dos autos para prestar esclarecimentos.
“Não sabemos nem do que se trata. A gente pediu para marcar uma nova data e a delegada deferiu. Devem liberar de hoje para amanhã”, disse Belmonte, em conversa com o Metrópoles.
Belmonte é suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e considerado o número dois do Aliança Pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta montar para disputar as eleições de 2022.
A operação deflagrada nessa terça-feira (18/06), a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apura supostos financiadores de atos antidemocráticos.
O empresário nega qualquer envolvimento. “Se quiserem quebrar meu sigilo, podem quebrar. Não devo nada. O que eu questiono é qual a motivação e o objetivo disso tudo”, disparou.
Belmonte disse que vai dar “alguma resposta” contra o mandado de busca que, segundo ele, é ilegal, uma vez que a casa dele está sendo usada como seu escritório de advocacia e necessitaria de ter a liberação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para ser revistado.
“O meu sentimento é de tristeza de ver uma situação dessas. Por enquanto, vou fazer uma comunicação ao conselho federal da OAB”, disse ele, ao relatar que já reuniu uma equipe de advogados.