Facebook libera postagens de Eduardo Bolsonaro: “Não é suficiente”
A defesa do deputado, que teve perfil bloqueado, afirmou que dará prosseguimento à ação para que a empresa “repare os danos causados”
atualizado
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O Facebook decidiu, na tarde desta terça-feira (20/7), anular a punição aplicada à pagina do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e reativar a rede social dele. O parlamentar ficou seis dias impedido de fazer postagens e comentários após questionar pesquisas eleitorais em uma publicação, usando uma imagem do ditador nazista Adolf Hitler, ao lado de uma frase atribuída a ele.
Em nota, a advogada Karina Kufa, que defende Eduardo, afirmou que foi protocolado na Justiça do Distrito Federal um recurso contra a “indevida punição”. “A decisão é correta, mas não é suficiente. Vamos dar prosseguimento à ação judicial para que a empresa Facebook repare os danos causados ao parlamentar e não volte a cometer abusos dessa natureza”, diz o texto.
O bloqueio das contas do deputado durou por seis dias e, de acordo com a defesa, “foi uma clara violação da liberdade de expressão e do livre exercício da atividade parlamentar”. “É preciso deixar claro que o Facebook não é juiz de contendas políticas e muito menos intérprete oficial da Constituição”, diz nota.
Esta foi a segunda suspensão das postagens do deputado em pouco mais de um mês. Em junho, ele foi impedido após fazer uma publicação sobre um relatório falso do Tribunal de Contas da União (TCU), com dados sobre mortes por Covid-19.
Nazismo
A postagem que motivou a mais recente restrição ocorreu em 10 de julho. Na publicação, Eduardo Bolsonaro reproduziu manchetes de reportagens que indicavam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022.
Além da imagem de Hitler, tinha a frase: “Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a e eventualmente todos acreditarão nela”.
Na legenda, o parlamentar escreveu: “A verdade é o que os seus olhos veem ou o que contam para você? As técnicas utilizadas hoje em dia não são novas”.