Ciro Gomes agradece solidariedade de Lula após ação da PF
“Cid e Ciro Gomes merecem ser respeitados”, afirmou o ex-presidente no Twitter. Irmãos foram alvos de operação da PF nesta quarta
atualizado
Compartilhar notícia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou, nesta quarta-feira (15/12), com o ex-governador do Ceará e possível adversário na corrida ao Palácio do Planalto em 2022 Ciro Gomes (PDT). O ex-ministro da Fazenda agradeceu o ex-aliado, a quem vinha atacando duramente ao longo dos últimos meses.
Ciro e o irmão, senador Cid Gomes (PDT), são alvos de operação da Polícia Federal (PF) que apura o pagamento de R$ 11 milhões em propina em obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013.
“Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados”, afirmou Lula, no Twitter.
“Obrigado presidente Lula. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei”, respondeu o ex-governador.
Obrigado presidente @LulaOficial. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei. https://t.co/TJLU8uWMIO
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 15, 2021
A operação
Batizada de Colosseum, a operação investiga fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos envolvidos na licitação das obras no estádio Castelão. Estima-se que R$ 11 milhões tenham sido pagos diretamente em dinheiro ou disfarçados de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.
Ao todo, 80 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.
As investigações tiveram início em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propina para que uma empresa fosse beneficiada no processo licitatório da Arena Castelão.