Bolsonaro: investigá-lo sobre o caso MEC é “constrangimento eleitoral”
Presidente diz que Cármen Lúcia, do STF, quer investigá-lo porque a ministra “faz de tudo” para que Lula seja eleito presidente
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quarta-feira (5/10) a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter mandado a Polícia Federal indicar como vai investigar uma suposta e eventual participação do mandatário da República no esquema de liberação de verbas do Ministério da Educação, sob a gestão de Milton Ribeiro, mediante propina a pastores evangélicos. Em junho deste ano, Ribeiro foi alvo de operação por supostamente liderar o esquema dentro do MEC.
Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que a decisão da ministra é “mais um constrangimento eleitoral”. “Seria o primeiro caso de alguém pagar propina antes de receber o produto. Até o momento não tem nada, mas a senhora Cármen Lúcia quer investigar. Mais um constrangimento pré-eleitoral”, afirmou.
O presidente disse ainda que Cármen Lúcia quer investigá-lo porque a ministra “faz de tudo” para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito presidente.
“E ela agora, está na cara, ela quer algo contra mim, né? Faz de tudo para que o Lula seja presidente. Ela quer me investigar no caso do MEC, que digo, até o momento, não tem nada dizendo que algum prefeito recebeu algum recurso. Se aparecer, obviamente… Comprovou? Paciência. Vamos aí às penas”, disse.
Entenda
Em junho deste ano, foi divulgada uma conversa entre o ex-ministro da Educação e sua filha. Na gravação, Ribeiro diz ter recebido ligação de Bolsonaro alertando sobre a possibilidade de busca e apreensão em sua casa. A ligação ocorreu em 9 de junho, antes de Ribeiro ter sido alvo da operação da corporação, em 22 de junho.
Segundo Cármen Lúcia, é preciso “comprovar, de forma taxativa e definitiva, a ocorrência, as circunstâncias e os desdobramentos” da suposta interferência de Bolsonaro na operação.