Bolsonaro desafia Rede Globo a debater segurança das urnas ao vivo
Em live nas redes sociais, presidente voltou a criticar o Tribunal Superior Eleitoral e disse que a Corte adota “medidas arbitrárias”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um deafio, nesta quinta-feira (2/6), à Rede Globo: ele propôs a realização de um debate, ao vivo, entre ele e a emissora, sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro.
Bolsonaro tem costume em desafiar a emissora para entrevistá-lo ao vivo. É a primeira vez, no entanto, que ele cita a segurança do sistema eleitoral brasileiro como tema de um eventual debate com a rede. A motivação para o desafio é novamente a descrença no sistema eleitoral do Brasil, além de novas críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eu, ao vivo, estou à disposição da TV Globo, com dados, com números, coisas concretas sobre segurança nas eleições”, afirmou o presidente, durante sua transmissão semanal ao vivo nas redes sociais.
Na live, o mandatário da República voltou a criticar o TSE e dizer que as Forças Armadas foram convidadas para participar do processo eleitoral. Segundo Bolsonaro, a Justiça Eleitoral tem tomado “medidas arbitrárias”.
“Nós sabemos que o TSE está tendo medidas arbitrárias contra o estado democrático de direito, ataque à democracia, não querem transparência no sistema eleitoral”, disse.
Ministro do STF devolve mandato de parlamentar
Mais cedo, o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a decisão do TSE que cassou o deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), por ter propagado fake news contra o sistema eleitoral.
Na transmissão desta quinta, Bolsonaro comentou a decisão de Nunes e disse que a cassação do parlamentar “é uma coisa inacreditável”.
O deputado foi eleito em 2018 com 427.749 votos – a maior votação da história do Paraná para um político estadual.
Quando o TSE cassou o mandato de Francischini, a Corte decidiu que ele ficaria inelegível por 8 anos. A Justiça Eleitoral ainda determinou que os votos obtidos por ele na eleição sejam anulados e uma nova totalização seja feita pelo TRE-PR.