Bolsonaro defende spray de Israel: “Lá, em 30 pessoas, deu certo”
O presidente confirmou que enviará uma comitiva no próximo sábado (6/3) a Israel para buscar o produto
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reiterou, na manhã desta quinta-feira (4/3), durante uma transmissão ao vivo em uma rede social, a intenção de adquirir o spray nasal de Israel. O EXO-CD24, como é chamado, foi desenvolvido inicialmente para o tratamento de câncer de ovário e ainda se encontra em fase de testes.
“Já temos protocolo de intenções. O que nós queremos? Está quase tudo certo. Nós usamos a 3ª fase aqui de um spray para casos graves. O cara está intubado, está ali na iminência de ser intubado, ele bota um spray no nariz. Lá, em 30 pessoas, deu certo em todas elas. Então, é muito promissor isso”, disse o chefe do Executivo.
“Nós vamos buscar em qualquer lugar do mundo tratamento para Covid-19, como sempre fizemos. Como eu sempre disse: quando a Anvisa aprovar, nós compraremos a vacina, não interessa a sua origem”, continuou Bolsonaro.
O spray nasal que Bolsonaro deseja importar ainda está em fase de estudos e foi testado em apenas 30 pessoas. Os pesquisadores informaram que os pacientes tinham entre 18 e 85 anos, mas não deixaram claro a idade dos participantes do experimento.
De acordo com o governo israelense, o spray deve ser inalado uma vez ao dia, por alguns minutos, durante cinco dias, para o tratamento de pacientes hospitalizados com a infecção. Ele é direcionado diretamente para os pulmões.
O estudo sobre o medicamento ainda está em fase preliminar e não foi enviado para a validação de outros cientistas. Se trazido para o Brasil o medicamento precisará ar, primeiro, pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na sexta-feira (26/2), o ministro da Saúde de Israel, Yuli Edelstein, afirmou à Reuters que o país já aplicou a primeira dose da vacina contra Covid-19 em 50% da população israelense, sendo que 35% desse percentual também recebeu a 2º dose, ou seja, menos 95,8% de risco de contaminação pela Covid-19.