Bolsonaro cita “número considerável de vacinados” nos próximos meses
Durante agenda em Belém, presidente responsabilizou as medidas de restrição de circulação pela massa de pessoas que agora precisam do Estado
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (23/4), durante agenda em Belém (PA), esperar que o Brasil alcance “um número considerável de vacinados” contra a Covid-19 para que o país retorne à normalidade e crie novos empregos.
“A gente espera nos próximos meses conseguir um número considerável de vacinados, para que nós possamos, então, voltar à nossa normalidade, fazer com que brotem novamente os empregos e a nossa população viva numa situação diferente do que vive hoje”, afirmou.
Segundo o “vacinômetro” do Ministério da Saúde, foram aplicadas 36.699.003 doses de vacinas contra Covid-19, das quais 26.195.554 são da primeira dose e 10.503.449, da segunda.
Houve 2.914 mortes e 69.105 novos infectados registrados nas últimas 24 horas em todo o país. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
No total, o Brasil já perdeu 386.416 vidas para a doença e computou 14.237.078 casos de contaminação.
Na tarde desta sexta, Bolsonaro participou de uma cerimônia de entrega de cestas de alimentos do Programa Brasil Fraterno, na capital do Pará.
Pela manhã, ele cumpriu agenda em Manaus (AM), onde se reuniu com lideranças evangélicas, esteve na inauguração do Centro de Convenções do Amazonas e recebeu o título de cidadão honorário do estado. Ele retorna a Brasília no início da noite.
Compra de imunizantes
Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o mandatário do país avaliou como correta a estratégia adotada pelo governo federal na compra de imunizantes.
“O nosso Brasil, tirando aqueles países que produzem a vacina, é o que mais vacina em números absolutos em todo o mundo. Isso é um trabalho que vem lá de trás, do general Pazuello, à frente do Ministério da Saúde, que fez o dever de casa lá atrás. E não comprou no ano ado, praticamente, apenas fez muitos contratos, porque precisava ar pela Anvisa”, disse.
“Seria uma irresponsabilidade do governo dispender recursos para algo que ninguém sabia o que era ainda porque não estava no mercado. Alguns poucos países do mundo começaram a vacinar em dezembro, o Brasil começou em janeiro”, salientou.
Pazuello foi nomeado nesta sexta para o posto de adido à Secretaria-Geral do Exército. O general deixou a 12ª Região Militar, em Manaus. O posto atual, no entanto, é provisório. Nos próximos dias, o general deve ser nomeado para a Secretaria Especial de Modernização, ligada à Secretaria-Geral da Presidência.
Lockdown
Crítico de medidas de restrição de circulação, adotadas localmente para conter a propagação do coronavírus, Bolsonaro responsabilizou essas medidas pelo aumento de pessoas dependentes do Estado.
“Lamentavelmente, como efeito colateral da política de destruição de empregos, ‘fique em casa’, lockdowns, toque de recolher, entre outras coisas, cresceu a massa de pessoas que nada mais têm, ou quase nada mais têm, e precisam do Estado num momento difícil como este.”
Além de Pazuello, acompanharam Bolsonaro na agenda os ministros João Roma (Cidadania), Gilson Machado (Turismo) e Marcelo Queiroga (Saúde).