PF faz operação contra pesca ilegal de lagostas no Ceará
Lagostas eram vendidas no mercado nacional e internacional como se fossem legalizadas. Documentação falsa mascarava origem na pesca ilegal
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (1º/3) uma operação de combate à pesca ilegal de lagostas no Ceará. Os crustáceos eram vendidos para outros estados e até para o mercado internacional.
Foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão em Fortaleza (CE), Eusébio (CE), Aracati (CE), Fortim (CE), Icapuí (CE), Porto do Mangue (RN) e Alcobaça (BA).
Os investigadores da PF encontraram indícios de um esquema de pesca ilegal de lagostas nas cidades de Aracati, Fortim e Icapuí. O esquema envolvia pescadores, atravessadores e empresas.
A investigação começou após uma fiscalização que identificou mais de 249 toneladas de lagosta com indícios de serem provenientes de pesca ilegal no Ceará.
Falsidade documental
De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que os integrantes do grupo criminoso usava documentação falsa para que o produto da pesca ilegal fosse formalmente inserido no mercado nacional e internacional.
São investigados os crimes de pesca ilegal; obstrução a ação fiscalizadora ambiental; falsidade ideológica; receptação qualificada; associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, chegam a 34 anos de prisão.
A operação foi batizada de Macruros, que remete ao grupo biológico das lagostas. As investigações continuam.
Participam da operação 230 policiais federais. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) também participa do cumprimento dos mandados de busca e apreensão.