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PF acha indícios de novo esquema de espionagem de servidores da Abin

Servidores da Abin teriam utilizado a estrutura do próprio órgão para invasão em massa de computadores

Maria Eduarda Portela

26/10/2023 21:57, atualizado 27/10/2023 08:01

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Hugo Barreto/Metrópoles

Em foto colorida, viatura da PF na frente da Abin

1 de 1 Em foto colorida, viatura da PF na frente da Abin - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) encontrou indícios de novo esquema de espionagem realizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um programa de invasão de computadores teria sido utilizado para ar todo o conteúdo privado dos alvos, segundo informações do G1.

Os investigadores encontraram os softwares nos equipamentos apreendidos na Operação Última Milha, deflagrada na sexta-feira (20/10). Os servidores da Abin são suspeitos de rastrear celular sem autorização judicial.

No novo esquema, era utilizada uma ferramenta de invasão por meio de um malware que ava todo o conteúdo dos computadores. O ingresso ilegal ocorria por meio do disparo de um e-mail, mensagem de texto ou até mesmo por o físico à máquina, como conectar um pen-drive.

A Polícia Federal ainda não informou o número de computadores infectados e espionados. A investigação segue sob sigilo.

Georreferenciação

O primeiro esquema revelado pela PF aponta que os servidores da Abin teriam realizado, aproximadamente, 33 mil os em relação a aparelhos telefônicos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas, servidores públicos, políticos e outros.

A PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

A ferramenta utilizada para ar o sistema de georreferenciação de alvos foi adquirida pelo ex-presidente Michel Temer, em dezembro de 2018, para ter o à localização de criminosos.