Percepção de piora na economia cai de 56% para 48%, aponta Quaest
Em março, 56% dos eleitores avaliavam que a economia havia piorado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
atualizado
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A pesquisa Genial/Quaest de 2025, divulgada nesta quarta-feira (4/6), mostrou uma melhora na percepção dos entrevistados sobre a economia brasileira. O número dos que veem uma piora no cenário recuou de 56% para 48%.
Em março, 56% dos eleitores avaliavam que a economia havia piorado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas a pesquisa atual mostra que esse número caiu para 48%.
A percepção sobre o alto custo de vida melhorou, mesmo com patamares altos. Para 30% dos entrevistados, a situação da economia não sofreu alterações, enquanto 18% disseram ter havido melhora.
Saiba mais
- Para 79% dos entrevistados, os preços dos alimentos subiram — percentual menor do que os 88% registrados em março.
- Já em relação à gasolina, a percepção de alta recuou de 70% para 54%.
- Nas contas de água e luz, houve recuo de 5 pontos percentuais, de 65% em março para 60% na pesquisa atual.
- Segundo o levantamento, o poder de compra dos brasileiros é considerado menor do que há um ano por 79% dos entrevistados.
- Sobre a qualidade de vida da família, 35% disseram que houve piora, enquanto 33% apontaram melhora e 31% afirmaram que está igual.
- No que diz respeito ao mercado de trabalho, 55% consideram que está mais difícil conseguir emprego do que há um ano, enquanto 35% acham que está mais fácil. Já 45% esperam que a situação melhore nos próximos 12 meses.
Maioria desaprova Lula
A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest apontou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo do presidente Lula, enquanto 40% aprovam — são os piores resultados deste mandato.
Em relação à economia, a notícia é boa para o Planalto: caiu de 56% para 48% a parcela dos brasileiros que veem piora na economia. Também melhorou a percepção sobre alta de preços de alimentos (caiu de 88% para 79%) e de combustíveis (ou de 70% para 54%).
Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, um dos motivos para essa contradição é a ampla repercussão de notícias negativas. “A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo”, observa.
“O eleitor está mais difícil de ser convencido e o governo ainda não conseguiu atender às expectativas produzidas durante a eleição. O governo está perdendo tempo “, completa.
A pesquisa entrevistou mais de 2 mil pessoas, com margem de erro estimada em dois pontos percentuais. As consultas foram realizadas com brasileiros de 16 anos ou mais.