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“Parecia a entrada de um campo de concentração”, diz padre Julio após quebrar pedras sob viadutos

O padre Júlio Lancelotti acredita em “combater toda forma de autoritarismo” contra a população em situação de rua em São Paulo

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Padre Júlio Lancelotti quebra pedras a marretadas
1 de 1 Padre Júlio Lancelotti quebra pedras a marretadas - Foto: Reprodução/Twitter

São Paulo – Um dia após quebrar pedras sob viadutos a marretadas, o padre Julio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, ainda tem as cenas muito presentes na memória.

“Ver aquilo parecia a entrada de um campo de concentração. Foi um momento cansativo, difícil”, relatou ao Metrópoles o pároco de 72 anos, em referência aos espaços de confinamento utilizados em guerras.

A prefeitura de São Paulo, sob a gestão Bruno Covas (PSDB), instalou o material na semana ada para impedir pessoas em situação de rua de se abrigarem nas obras viárias Dom Luciano Mendes de Almeida e Antônio de Paiva Monteira, e na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste da capital.

Padre Julio chegou ao local na manhã de terça-feira (2/2) e decidiu se juntar funcionários da prefeitura que removiam as pedras – a istração afirmou que a medida tinha sido tomada sem autorização. Ele disse que as marretas não quebrariam totalmente os objetos, por isso foi necessário o uso de escavadeiras. “Eles [funcionários] estavam pressionados por conta da repercussão das imagens, por isso eu fui ajudar.”

Padre acredita em combate ao autoritarismo

De acordo com o padre, o seu gesto significou algo mais além das marretadas. “É uma forma de combater todo tipo de autoritarismo, imposição, tudo que é desumano e destrói a vida das pessoas. É um combate a quem desrespeita os direitos humanos e a dignidade das pessoas.”

Padre Julio afirmou à reportagem que viu constrangimento nos olhos dos trabalhadores da prefeitura pela obra. O pároco tentou entrar em contato com a istração do município, mas disse não ter recebido respostas até o momento.

As imagens de Lancelotti viralizaram nas redes sociais. Personalidades como José Luiz Datena, Guilherme Boulos (PSol) e Eduardo Suplicy (PT) comentaram a ação nas redes sociais. Em pouco mais de 24 horas, o padre ganhou 50 mil novos seguidores no Instagram. Seu trabalho de três décadas começou a ganhar mais destaque após a pandemia de Covid-19.

“Eu procuro usar as redes sociais a serviço de uma causa, e colocar questões que chamam atenção. Percebo que há interesse muito grande por questões que desafiam a desumanização e promovem a luta contra preconceitos, discriminação e toda forma de apartheid e opressão.”

Depois da remoção por completo das pedras, os funcionários da prefeitura cimentaram o local. Até o início da tarde não havia nenhuma pessoa em situação de rua debaixo do viaduto.

Prefeitura diz que obra foi “decisão isolada”

Segundo a prefeitura de São Paulo, a instalação das pedras foi executada na quinta-feira (28/1) sem o consentimento da gestão. “A implantação de pedras sob viadutos foi uma decisão isolada, não faz parte da política de zeladoria da gestão municipal, tanto é que foi imediatamente determinada a remoção. A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) instaurou uma sindicância para apurar os fatos, inclusive o valor, e um funcionário já foi exonerado do cargo.”

Em 2019, a prefeitura realizou o censo da população em situação de rua e identificou 24.344 pessoas nessas condições. De acordo com os dados oficiais, 11.693 estão acolhidos na rede assistencial municipal e 12.651 vivem em situação de rua.

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A Prefeitura queria impedir o abrigo a pessoas em situação de rua em viaduto
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