Paciente do Rio com Ômicron é brasileira, vacinada e mora nos EUA
Mulher de 27 anos desembarcou no Rio em 13 de dezembro; caso foi confirmado pela Fundação Oswaldo Cruz
atualizado
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Rio de Janeiro – Uma mulher de 27 anos foi confirmada, nesta segunda-feira (20/12), como o primeiro caso da variante Ômicron no Rio. Ela é brasileira e mora em Chicago, nos Estados Unidos.
A paciente apresentou, inicialmente, sintomas leves e agora está assintomática. Desde 13 de dezembro, quando desembarcou na capital, está em isolamento domiciliar. Todos que tiveram contato com ela foram testados com resultados negativos, não havendo transmissão local.
De acordo com o secretário da Saúde, Daniel Soranz, ela tomou duas doses do imunizante da Pfizer – a última em abril deste ano -, mas não recebeu a dose de reforço.
“Fica um alerta para todos os cariocas que tomaram a vacina há mais de cinco meses – período determinado pela istração municipal – para realizar a dose de reforço. A gente já sabe que a vacina protege, que ela tem uma proteção coletiva, mas que, depois de seis meses, esse processo de imunogenicidade vem caindo de maneira expressiva. É importante, ainda mais agora que muitos devem tomar essa terceira dose, nas próximas semanas ou nos próximos meses, que procurem se vacinar”, afirmou.
Com família em Nova Friburgo, município do Rio, a mulher desembarcou na capital e iria rumo à Petrópolis, também no interior do estado. No entanto, amostras recolhidas em sua chegada apontaram a presença da Covid-19.
“Mesmo ela sendo uma paciente proveniente dos Estados Unidos, que não é um dos países com maior circulação da Ômicron, decidimos que todos os viajantes internacionais tivessem suas amostras recolhidas e genotipadas. Enviamos as amostras para a Fiocruz, que realizou a genotipagem, e confirmou o resultado hoje”, explicou Soranz.
A mulher foi até uma unidade da rede municipal de saúde, onde foi consultada, e, posteriormente, ficou isolada em domicílio na cidade do Rio.
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Segundo Soranz, não há motivos para alarde. Para ele, a cidade deve continuar fazendo o “dever de casa”, aumentando a cobertura vacinal. “É importante que os cariocas continuem dando exemplos”, disse ao Metrópoles.
Em reunião do Comitê Científico, foi discutido que não existem razões para impor medidas restritivas neste momento, devido ao cenário epidemiológico da cidade. “O Comitê reforçou a importância da cobrança da caderneta da vacina, principalmente porque ela evita casos graves e internações”, contou.
Como medida de segurança para a cidade, o secretário afirma que o Rio seguirá com a cobrança do aporte vacinal. “Desde que se diagnosticou o primeiro caso da Ômicron no mundo, a gente intensificou a cobrança na cidade e intensificou a vacinação com a dose de reforço. É muito importante, todas as evidências científicas até o momento mostram que a Ômicron é sensível à vacina”, afirma.