Pacheco se reúne com Lula e descarta assumir ministério do governo
Ex-presidente do Senado se antecipou a eventual convite do petista e disse que vai continuar no Senado. Ele era cotado em dois ministérios
atualizado
Compartilhar notícia

O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse ao petista que não pretende assumir algum ministério do governo. Pacheco se antecipou a um eventual convite de Lula e, para evitar um possível constrangimento, afirmou que prefere permanecer no Senado.
O senador de Minas Gerais e o chefe do Executivo se encontraram no sábado (15/3) no Palácio do Alvorada. Desde que Lula voltou ao Palácio do Planalto em 2023, ele e Pacheco se aproximaram, ao o que o ex-presidente do Senado ou a ser um simpatizante das pauta governista, o que sinaliza que deve ter um perfil apoiador do petista na Casa.
Pacheco era cogitado para um ministério do governo Lula meses antes de deixar o comando do Senado, em fevereiro. Duas pastas eram aventadas para o parlamentar, o ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o ministério da Justiça e Segurança Pública.
As duas pastas são, atualmente, comandadas por dois nomes fortes do governo: o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, respectivamente. Desde que a reforma ministerial começou, em janeiro, com a saída de Paulo Pimenta (PT) da Secretaria de Comunicação Social, nenhum dos dois esboçou o desejo de deixar o comando de suas pastas.
Depois de deixar a presidência do Senado, Pacheco ou um mês ausente do Senado, descansando fora do país. Ele foi o presidente do Congresso por quatro anos, de 2021 a 2025. Ocupou o cargo nos últimos dois anos do governo Bolsonaro e nos dois primeiros anos do governo Lula.
O principal padrinho do parlamentar dentro do Senado foi o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que voltou a comandar a Casa em fevereiro depois de quatro anos.
Um dos motivos do Planalto querer que Pacheco virasse ministro era para buscar cacifar o senador para ser o candidato governista ao governo de Minas Gerais, em 2026. O ministério poderia servir como vitrine para o ex-presidente do Senado construir sua candidatura.