No Planalto, Zé Gotinha se esquiva de apertar mão de Bolsonaro
De máscara, mascote das campanhas nacionais de vacinação esteve na cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19
atualizado
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Na cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, na manhã desta quarta-feira (16/12), um mascote do Zé Gotinha se esquivou de um cumprimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Por cima da fantasia, o mascote usava máscara. O presidente dispensou a proteção facial durante todo o evento.
Depois de cumprimentar algumas pessoas com um aperto de mão, o presidente estendeu a mão para o mascote, que respondeu apenas com um sinal de positivo.
Assista ao momento:
https://youtu.be/msls02nxWsM
A cerimônia, no Palácio do Planalto, contou com a participação do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, de governadores e parlamentares. Tanto o distanciamento social quanto o uso da máscara, medidas recomendadas para evitar a disseminação do novo coronavírus, foram desrespeitadas pela maioria dos presentes no evento, incluindo o ministro da Saúde.
O Zé Gotinha é um personagem brasileiro criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa para a campanha de vacinação contra o vírus da poliomielite realizada pelo Ministério da Saúde.
O nome Zé Gotinha foi escolhido nacionalmente através de um concurso promovido pelo Ministério da Saúde com alunos de escolas de todo o Brasil. O uso do mascote tinha o objetivo de tornar o evento mais atraente para as crianças. Atualmente, o Zé Gotinha também é utilizado para alertar sobre a prevenção de outras doenças, como, por exemplo, o sarampo.
Mudança de tom
Em tom conciliador, Bolsonaro pregou união e disse que, se houve exageros de parte a parte, “foi no afã de buscar solução”. “Se alguns de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução”, disse.
“São 27 governadores com uma só proposta: o bem comum, a volta à normalidade”, iniciou Bolsonaro, elogiando os chefes dos Executivos estaduais. O presidente também voltou a citar a medida provisória que pretende editar para liberar R$ 20 bilhões para a compra de vacinas.