“Não presenciei nada”, diz Ciro Nogueira após denúncia contra Bolsonaro
Em entrevista ao Metrópoles, o ex-ministro da Casa Civil da gestão do ex-presidente fez elogios ao ex-chefe e disse que ele é “injustiçado”
atualizado
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O ex-ministro da Casa Civil da gestão Bolsonaro e senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse em entrevista ao Metrópoles que “nunca presenciou” nada de anormal na convivência com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depois da derrota nas eleições de 2022.
A declaração se dá na semana em que o ex-chefe do Executivo e outras 33 pessoas foram denunciadas por tentativa de golpe de estado pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Veja (0min49s):
“Eu tenho convicção, certeza absoluta, que nós temos um ex-presidente correto, sério e que eu digo: talvez seja o homem público mais bem intencionado que eu já conheci na minha vida. O presidente Bolsonaro não teve culpa. Era muito difícil um ministro da Casa Civil tão presente como eu era, não ter presenciado nada, nenhum ato, ter feito a transição de forma correta”, declarou o ex-ministro.
O senador reforçou acreditar que Bolsonaro vai conseguir provar sua inocência no processo.
“Um homem que sempre disputou as eleições no voto e foi sempre eleito no voto popular, respeitando sempre a democracia. Eu tenho convicção da sua inocência. Eu tenho certeza que se ele tiver um julgamento limpo, honesto e isento, ele será absolvido e essa denúncia será arquivada”, afirmou o ex-ministro.
Ciro Nogueira foi citado na delação de Mauro Cid como sendo do grupo conhecido como “conservador”. Segundo Cid, os membros desse grupo aconselhavam o ex-presidente a “mandar o povo para casa e se colocar como um grande líder da oposição”, fazendo referência aos indivíduos que estavam acampados na frente dos quartéis.
Em entrevista ao Metrópoles, Ciro confirmou que aconselhava Bolsonaro a fazer isso, mas que respeitou a decisão dele de não pedir em nenhum momento que os bolsonaristas que estavam em acampamentos em frente aos quartéis fazendo pedidos golpistas voltassem para casa.
“Ele [Bolsonaro] decidiu que foi prejudicado pelo TSE naquela época. E foi, no meu ponto de vista. Saiu muito magoado, muito ressentido. Eu aconselhei ele a pedir para que essas pessoas voltassem para casa, mas é uma decisão dele. E nós temos que respeitar essa decisão que ele tomou naquele momento”, disse o ex-ministro.
Assista à entrevista completa (22min24s):