MPRJ tenta ampliar pena de Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle
Órgão também pede aumento das penas da esposa, cunhado e amigos de Lessa e quer que os réus as cumpram inicialmente em regime fechado
atualizado
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Rio de Janeiro – A força-tarefa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que investiga as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes recorreu, nesta segunda-feira (2/8), da sentença que condenou o policial militar reformado Ronnie Lessa, a esposa dele, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, e três homens por destruição de provas do caso.
O órgão pede o aumento das penas e que os réus as cumpram inicialmente em regime fechado.
Com exceção de Ronnie, condenado a quatro anos e seis meses em regime inicial fechado, todos os outros quatro réus receberam quatro anos de pena em regime aberto.
Elaine chegou a ser solta, mas no dia 18 deste mês, foi novamente presa, desta vez, pela Polícia Federal por tráfico internacional de armas. Ela e Ronnie foram denunciados pelo Ministério Público Federal. Ela já teve a soltura negada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, os réus participaram do descarte das armas de grosso calibre lançadas ao mar na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A Justiça afirma que, em meio ao armamento, poderia estar a submetralhadora usada para matar Marielle Franco.
O plano foi arquitetado por Elaine Lessa e o irmão dela, Bruno Pereira Figueiredo. Ele levou José Márcio Mantovano, o “Márcio Gordo”, até o apartamento de Ronnie Lessa, no mesmo bairro, e os dois retiraram pertences do local, como mostram câmeras de segurança do condomínio.
Em seguida, Josinaldo Lucas Freiras, o “Djaca”, recebeu de Márcio o material e foi até o quebra-mar da Barra da Tijuca. Lá, embarcou em um barco alugado e jogou as armas no mar.