“Kids pretos”: Moraes mantém na prisão general Mário Fernandes
General Mário Fernandes é apontado como um dos “kids pretos”, suspeitos de articular plano de sequestro e morte de autoridades
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve, nesta quinta-feira (26/12), a prisão preventiva do general da reserva do Exército Mário Fernandes. Ele foi preso em 19 de novembro deste ano, no âmbito da Operação Contragolpe, investigação que evidenciou a existência de um suposto grupo que teria articulado o sequestro e a morte de autoridades no fim de 2022.
A decisão de Moraes foi dada após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou contra o pedido de soltura apresentado pela defesa de Fernandes. O entendimendo foi de que não foram apresentados elementos capazes de afastar a necessidade de prisão preventiva.
“A situação fática e jurídica que autorizou a decretação da prisão preventiva de Mário Fernandes mantém-se inalterada, não havendo nos autos fato novo capaz de modificar o entendimento já proferido pelo eminente Ministro relator”, expôs a PGR.
Mário Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele é apontado como um dos “kids pretos” que teriam planejado o sequestro e morte de autoridades, como o próprio Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
O plano, chamado “Punhal Verde Amarelo”, veio à tona após a operação da Polícia Federal deflagrada em novembro deste ano. O sequestro e possível assassinato das autoridades fazia parte, segundo a investigação, do projeto de golpe de Estado que seria instaurado no país, após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Braga Netto
O ministro do STF Alexandre de Moraes também manteve, nesta quinta-feira (26/12), a prisão do general Walter Braga Netto, acusado de obstrução de Justiça e participação ativa na articulação de um golpe de Estado contra a posse do hoje presidente Lula (PT), em 2022.
Sobre Braga Netto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que não havia qualquer fato novo que justificasse a reversão da prisão preventiva. A manifestação foi motivada por um pedido da defesa do general para que a prisão seja substituída por medidas diversas da prisão.