Ministério lamenta morte de líder quilombola e apoia investigação
Doka, como era conhecido, foi surpreendido na porta de casa e assassinado em Itapecuru-Mirim (MA)
atualizado
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O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania lamentou a morte do líder quilombola José Alberto Moreno Mendes, conhecido como Doka. Na sexta-feira (27/10), ele foi surpreendido na frente de sua casa e assassinado com tiros no quilombo Jaibara dos Rodrigues, Território Monge Belo, em Itapecuru-Mirim (MA).
A pasta entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Participação popular do Maranhão para apoiar as investigações do crime.
“É fundamental neste momento que a assistência disponível seja concedida aos familiares de José Alberto, as investigações sejam conduzidas de forma célere e diligente, a fim de que os autores do crime sejam responsabilizados nos termos da lei, e que se avance na titulação do território quilombola de Monge Belo”, diz a nota do Ministério.
Doka era presidente da Associação de Moradores do Quilombo de Jaibara dos Rodrigues e integrava a Comissão do Território e do Conselho Quilombola da União das Comunidades Negras Rurais Quilombolas de Itapecuru.
A comunidade de Monge Belo é uma das várias que aguardam a titulação do território, o que reforçaria a segurança frente aos conflitos fundiários da região. De 2020 para 2023, 10 quilombolas foram assassinados no Maranhão, segundo dados da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (Fetaema).
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos ressaltou o trabalho de Doka e ressaltou: “Sempre que um defensor de direitos humanos tomba e é silenciado, toda a sociedade brasileira perde a oportunidade valiosa de avançar no debate em torno da construção de soluções para as graves violações de direitos humanos que ainda afetam a maioria do nosso povo”.