Justiça do Rio mantém prisão de Crivella, que deve ir para Bangu 8
A decisão é da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, e foi tomada na noite desta terça-feira (22/12)
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, em audiência de custódia, pela manutenção da prisão do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e dos outros três acusados de envolvimento no esquema intitulado “QG da Propina“. A decisão é da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, e foi tomada na noite desta terça-feira (22/12).
Com a decisão da magistrada, Crivella será encaminhado para a Casa de Custódia Federico Marques, em Benfica (RJ). Da unidade prisional, o prefeito vai para a Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8.
A prisão do prefeito do Rio, contudo, pode ser revertida caso o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceite o pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Crivella. Além do prefeito afastado, outras seis pessoas — entre as quais o empresário Rafael Alves, apontado como o “gerente” do esquema de lavagem de dinheiro — foram alvo de mandados de prisão. Também há um mandado de prisão preventiva expedido contra o ex-senador Eduardo Lopes, mas ele não foi encontrado.
O pedido de habeas corpus, assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Alberto Sampaio Júnior, alega que a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do Primeiro Grupo de Câmaras Criminais do TJRJ, não tem competência para tomar tais decisões e defende, de forma sucinta, que não há provas que justifiquem a prisão ou o afastamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público fluminense que justificou a prisão, uma organização criminosa comandada pelo prefeito afastado do Rio teria movimentado pelo menos R$ 53 milhões em um esquema de lavagem de dinheiro. As afirmações são do subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins, do Ministério Público do estado (MPRJ).