Greenfield: MPF pede que acusados de fraudar Funcef devolvam R$ 600 milhões
Força-tarefa Greenfield, do Ministério Público Federal (MPF), ofereceu nessa quinta-feira (15/10) denúncia contra grupo
atualizado
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A força-tarefa Greenfield, do Ministério Público Federal (MPF), ofereceu nessa quinta-feira (15/10) denúncia contra grupo acusado de cometer irregularidades na gestão do fundo de pensão da Caixa Econômica Federal (Funcef). Agora, caberá à 10ª Vara Federal da Justiça Federal no Distrito Federal decidir se torna os acusados réus no processo.
Ao todo, seis pessoas são acusadas de corrupção ativa e iva, além de lavagem de dinheiro. O prejuízo estimado é de R$ 200 milhões.
A ação, que corre em sigilo, está ligada à aprovação de aportes do fundo de pensão no Fundo de Investimentos e Participações OAS Empreendimentos (FIP OAS). O MPF pede que os acusados sejam “obrigados a ressarcir as vítimas no triplo prejuízo causado” – ou seja, em R$ 600 milhões.
Ainda de acordo com os investigadores, os ex-diretores da Funcef adotavam manobras para superestimar o valor dos ativos da empresa, aumentando de forma artificial o montante que a fundação precisaria desembolsar para obter a participação acionária indireta na empresa.
Tudo ocorria mediante pagamento de propinas aos responsáveis pelas análises de investimentos do fundo de pensão.
A força-tarefa observou, ao longo das apurações, que os investigados pagavam pelas cotas do FIP mais do que elas valiam. A ação provocava prejuízo de partida, ou seja, independente do próprio sucesso que a empresa viria a ter no futuro.
“Ao reconhecer um valor irreal da empresa que é alvo do investimento, o fundo também foi prejudicado por não dimensionar corretamente o potencial de ganho no investimento e os riscos envolvidos no negócio, terminando por se envolver em empreendimento que não se justifica do ponto de vista econômico, na lógica de custo-benefício”, informou o Ministério Público Federal.