Babá disse que Elize comprou serra elétrica antes do crime
A defesa argumenta que o objeto não foi usado no crime e tenta provar que não foi premeditado. Elize chora em vários momentos do julgamento
atualizado
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Antes mesmo da primeira testemunha entrar no plenário, Elize Matsunaga chorou em silêncio. Sentada no banco dos réus, por ter matado e esquartejado o ex-marido, o herdeiro da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, a mulher mantinha um lenço entre as mãos, usado para enxugar as lágrimas em pelo menos três oportunidades.
Elize chegou ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta segunda-feira, (28/11) vestida com um terninho preto e sapatilhas. O cabelo, mal amarrado, caía sobre o ombro direito. Nervosa, bebeu água com açúcar enquanto o Conselho de Sentença lia as peças do processo. Mantinha os olhos fixos o tempo inteiro em um ponto distante. Só desviou o olhar quando precisou usar o lenço.
Às 12h32, teve início o depoimento de Amonir Hercília dos Santos, que trabalhou por dois meses como babá para os Matsunaga. Ela foi convocada pela assistência da acusação. Folguista, cuidava da filha do casal aos fins de semana, de quinze em quinze dias. Nessas ocasiões, ela substituía a mãe, Mauriceia José Gonçalves dos Santos, também convocada para depor.
Ela falou aos jurados por uma hora e quatro minutos. Em uma das últimas perguntas, os advogados de Elize perguntaram: “Ela era uma boa mãe">Amonir disse que foi recebida por Elize, que havia voltado de viagem ao Paraná. “Ela estava normal, de pijama”, afirmou. Da ré, recebeu a babá eletrônica para monitorar a criança e apanhá-la quando acordasse. “Não notei diferença nenhuma, era um dia de trabalho normal.” Segundo as investigações, Elize estaria esquartejado o marido quando ela chegou.
Questionada pelo promotor José Carlos Cosenzo, disse que nunca presenciou briga do casal. “Mas a senhora ouviu o Marcos gritando com a Dona Elize alguma vez">