AGU vai ao STF contra divulgação integral do vídeo de reunião com Bolsonaro
O ministro Celso de Mello deu 48h para AGU, Moro e PGR se manifestarem sobre o caso. Prazo acaba nesta sexta
atualizado
Compartilhar notícia
Após o ex-ministro da Justiça Sergio Moro se manifestar em favor da divulgação integral do vídeo da reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Advocacia-geral da União (AGU) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (14/05), uma posição contrária. O Executivo não quer que a íntegra da gravação seja disponibilizada.
Segundo a AGU, a sequência das gravações foi tirada de contexto. “As declarações presidenciais com alguma pertinência não estão no mesmo contexto, muitíssimo pelo contrário, estão elas temporal e radicalmente afastadas na própria sequência cronológica da reunião, diz trecho da peça.
Após receber as gravações, o ministro Celso de Mello deu prazo de 48h para Moro, a AGU e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestarem sobre a possibilidade de divulgação integral do conteúdo. O ex-ministro foi o primeiro a se posicionar. Falta, ainda, o posicionamento da PGR.
Veja a íntegra do documento:
AGU by Metropoles on Scribd
Segundo Moro, “a reivindicação pela publicidade total da gravação trará à luz inquietantes declarações de tom autoritário inviáveis de permanecerem nas sombras”.
O vídeo é tido como uma prova em relação às acusações que o ex-juiz da Lava Jato fez contra Bolsonaro. De acordo com ele, o chefe do Executivo quer interferir na Polícia Federal.
O prazo estabelecido pelo ministro do Supremo encerra nesta sexta-feira (14/05), pela manhã.