Goiás: maioria do estado ainda está em calamidade no Mapa da Pandemia
Dados divulgados nesta sexta (23/4) mostram que uma das regiões saiu das situações mais graves diante da Covid; mas situação ainda preocupa
atualizado
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Goiânia – Pela primeira vez nas últimas semanas, uma das macrorregiões de Goiás deixa os piores status em relação à Covid-19. Conforme o Mapa da Pandemia, divulgado nesta sexta-feira (23/4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SESGO), a região Norte do estado ou ao nível de alerta, que é o terceiro na escala de pior para melhor, que começa com calamidade e a para crítico.
Em relação à semana ada, a atualização dos dados desta sexta aponta que três regiões seguem foram da situação de calamidade em relação ao avanço da Covid-19. Mas, desta vez, o quadro mostra uma melhora da região Norte, que entra no nível de alerta e, estabilização da região do Rio Vermelho, que está em situação crítica há duas semanas.
A região Pirineus, que no último levantamento aparecia fora da situação de calamidade, apresentou aumento nos indicadores e retornou ao vermelho. Por sua vez, a região Centro-Sul, na qual estão municípios como Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, diminuiu o contágio do coronavírus e entrou na situação crítica, representada pela cor laranja.
Dessa forma, dos 246 municípios goianos, 55 estão fora do nível que representa maior gravidade para o contágio da doença, cujos critérios analisados são: úmeros de casos confirmados por semana, pedidos de leitos, velocidade de transmissão da doença, notificações de síndrome respiratória aguda grave e taxa de ocupação dos leitos.
Outras 15 regiões goianas seguem em situação de calamidade para o coronavírus, incluindo, a região Central, que abrange a capital, Goiânia; e a região do Entorno do Distrito Federal.
Taxa de ocupação
De toda maneira, a situação ainda preocupa. O Governo de Goiás tem feito alertas constantes para que a população mantenha a vigilância em relação às medidas preventivas. A preocupação é que não volte a ocorrer o que houve no ano ado, quando os números cresceram até o último trimestre, recuaram e subiram de forma agressiva no início de 2021.
De acordo com o eletrônico com atualização em tempo real da SESGO, a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19, nos hospitais estaduais, está em 91,05%. Quando somados com aos leitos dos hospitais particulares, o índice para para 83,10%.
Em relação às enfermarias, nas unidades de saúde com istração do governo de Goiás, a taxa de ocupação de leitos para pessoas contaminadas com o coronavírus está em 60,81%. Se contabilizadas as vagas dos hospitais privados, o índice cai para 44,95%.
Os dados apontam, até o momento, 14.401 óbitos confirmados em decorrência da doença. A taxa de mortalidade está em 2,68%.
Em razão dos dados, o município de Goiânia, por exemplo, já flexibiliza medidas restritivas e, em novo decreto, permitiu a abertura das atividades não essenciais aos finais de semana na capital.
Vacinação
Com a chegada de novas doses da vacina contra a Covid-19 a Goiás e a retomada da aplicação da primeira dose nos grupos prioritários, o Estado ultraou nesta sexta (23/4) o percentual de 11% da população vacinada.
Nessa quinta-feira (22/04), uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19 do Ministério da Saúde (MS) desembarcou em Goiás. Ao todo, foram destinadas 107,4 mil doses para o Estado. Deste quantitativo, 21,4 mil são da Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan; e 86 mil do consórcio Oxford/AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Deste total, de 107,4 mil vacinas recebidas, 86.055 serão para aplicação da primeira dose e o restante para reforço das pessoas já vacinadas.
Desde o início da distribuição de vacinas contra a Covid-19 pelo PNI, Goiás já recebeu 1.665.280 milhões de doses, sendo 1.208.080 da CoronaVac e 457.200 da AstraZeneca. Segundo levantamento realizado pela SES-GO, 797.339 goianos receberam a primeira dose e 303.277 pessoas a segunda.
Atualização
O mapa é atualizado semanalmente, conforme a evolução dos dados. Na primeira versão, divulgada no dia 17 de fevereiro, seis das 18 macrorregiões foram apontadas como em situação de calamidade. Elas correspondiam a 89 cidades.
Desde a primeira semana, a situação jamais deixou de ser preocupante no estado. No início de abril, todas as regiões apontavam para a calamidade em Goiás.