Gilmar Mendes pede “apuração das responsabilidades” sobre yanomamis
Povo indígena vive crise humanitária e sanitária. Contaminação da água e ação ilegal de garimpeiros seriam as causas
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pediu, neste domingo (22/1), “apuração das responsabilidades” sobre a situação de crise humanitária e sanitária do povo Yanomami. Neste fim de semana, o governo federal declarou estado de emergência na terra dessa população indígena, em Roraima.
“A inaceitável situação de penúria dos Yanomamis, agora revelada, é uma tragédia muito grande para acreditarmos que foi improvisada. A apuração das responsabilidades é urgente”, afirmou o ministro, nas redes sociais. O magistrado acompanha o presidente Lula, que subiu o tom e afirmou que a tragédia dos Yanomamis é “genocídio” e “crime premeditado”.
A inaceitável situação de penúria dos Yanomamis, agora revelada, é uma tragédia muito grande para acreditarmos que foi improvisada. A apuração das responsabilidades é urgente.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) January 22, 2023
Também neste domingo, deputados do PT foram ao Ministério Público Federal (MPF) pedir a responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-ministra dos Direitos Humanos e senadora eleita Damares Alves.
A peça apresentada ao MPF defende que também sejam incluídos em eventual investigação os ex-presidentes da Funai que ocuparam o cargo entre os meses de janeiro de 2019 e dezembro de 2022.
Os petistas alegam que o governo foi omisso no tratamento da crise humanitária e teria ainda contribuído para a contaminação dos rios com mercúrio. Os Yanomami apontam a contaminação das águas e a ação ilegal de garimpeiros no território indígena como os motivos centrais que resultaram na degradação da saúde dos indígenas.