“Foi um ato covarde”, diz irmã de Marielle Franco
A vereadora e o motorista que conduzia o veículo em que ela estava com uma assessora foram assassinados a tiros na noite de segunda-feira
atualizado
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A difícil tarefa de reconhecer o corpo da vereadora Marielle Franco, assassinada nesta quarta-feira (14/3) no Rio de Janeiro, coube à irmã, a professora Anielle Silva. Ela chegou por volta das 8h20 no Instituto Médico-Legal (IML) e levou mais de duas horas para concluir o processo de liberação do corpo da parlamentar.
Depois de ter reconhecido o corpo da irmã, Anielle falou com a imprensa. “Infelizmente, ela foi brutalmente assassinada. A gente mais uma vez sendo vítima da violência desse estado, sendo dessa ausência de segurança que a gente tem. Tentaram calar não só 46 mil votos (obtidos por Marielle na última eleição), mas também várias mulheres negras”, lamentou.
Já o reconhecimento do corpo do motorista de Marielle, Anderson Pedro Soares, que também morreu baleado, ficou a cargo da viúva, Ágatha Arnaus Reis. “A gente já está imerso nisso [na violência]. A gente acaba se acostumando. No final de contas, é mais um. Não sou só eu, são várias pessoas. A revolta fica meio para trás, porque a dor é muito maior”, disse.
Anderson Soares trabalhava como motorista para o aplicativo Uber e prestava serviços eventuais como motorista para Marielle. Segundo Ágatha, recentemente, os serviços eram frequentes, porque o marido estava substituindo o motorista oficial, que estava doente.
A vereadora e o motorista que conduzia o veículo em que ela estava com uma assessora foram assassinados a tiros na noite de segunda-feira (14/3), no centro do Rio de Janeiro. Uma assessora de Marielle que também estava no carro sobreviveu ao ataque.