Flávio faz crítica ao PGR Gonet e diz que Moraes “odeia” Bolsonaro
Parlamentar deu declaração à jornalistas nesta terça (19/2) depois de assumir o comando da comissão de Segurança Pública do Senado
atualizado
Compartilhar notícia

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) atacou, nesta quarta-feira (19/2), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes “odeia” seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração de Flávio a jornalistas é a primeira depois da denúncia apresentada na noite de terça-feira (18/2) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por uma suposta trama golpista em 2022. O senador chamou a denúncia de “absurda”.
“Eu lamento muito que o Paulo Gonet tenha ido para essa linha de ter uma atuação política em um órgão que é técnico. Fica parecendo que ele é mais temente ao Alexandre de Moraes do que a Deus”, declarou o senador depois de assumir o comando da comissão de Segurança Pública do Senado.
“O próprio ministro Alexandre de Moraes não tem nenhum pudor em assumir a presidência das investigações ou participar de votações em que ele é parte interessada, porque está claro que ele odeia o Bolsonaro, ele não faz questão de esconder isso para ninguém”, argumentou.
Flávio disse, ainda, que conversou com seu pai na noite dessa terça depois da denúncia e que deve ter uma nova conversa na tarde desta quarta. “Ele é uma pessoa experimentada, vivida, tem noção do seu tamanho. Quanto mais perseguem o Bolsonaro, mais ele cresce”, afirmou.
O senador disse que Bolsonaro será eleito presidente novamente em 2026 e no primeiro turno. Mas não explicou como, uma vez que o ex-presidente está inelegível até 2030 e não poderá concorrer no pleito do ano que vem.
Cid coagido
Sobre a delação de Mauro Cid, o congressista afirmou que fica triste pelo militar, porque “ele foi coagido” a falar o que “os seus acusadores queriam”.
“Pelo que estou vendo lá na denúncia, foi um copia e cola do que o Cid colocou no papel nas suas ‘transdelações’, porque o que ele fez não foi delação, foi uma coação para ele botar no papel o que os seus acusadores queriam. E eu fico muito triste pelo Cid, por ele ter sido ali forçado a fazer isso. Obviamente não foi algo que ele botou no papel de forma voluntária”, disse Flávio.