Família diz que bebê teve cabeça arrancada no parto; polícia investiga
Os profissionais de saúde que fizeram o atendimento foram afastados enquanto durarem as investigações
atualizado
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Uma família do Pará afirma que o bebê que esperavam teve a cabeça arrancada durante o parto, realizado na Santa Casa de Misericórdia, em Belém (PA).
De acordo com parentes, os funcionários da unidade de saúde forçaram um parto normal, mesmo a mulher tendo indicação de cesariana em decorrência de problemas de saúde do feto. O hospital alega que houve complicações no procedimento, na última sexta-feira (16/10).
O marido contou que a mulher estava com oito meses de gravidez e chegou ao hospital por volta das 6h. Ela teria sido encaminhada pelo médico de Ourém, onde vive o casal, pois a paciente precisaria de uma cirurgia.
Segundo o boletim de ocorrência, ela ainda precisou esperar por mais de três horas para ser levada para a sala de parto. “Eles estavam esperando para ver se ela tinha agem, mesmo sem ela poder ter normal”, afirmou o marido.
Uma amiga acompanhou a grávida e presenciou toda a situação. Ao site Uol, ela disse que avisou diversas vezes aos profissionais de saúde que a mulher não poderia ter um parto normal, porém eles teriam pedido para que a paciente fizesse força.
“Eles não deram ouvidos e ficaram mandando ela fazer força. Fizeram tanta força que a cabeça veio na mão da enfermeira e depois caiu no chão. Só operaram depois, para tirar o resto do corpo”, relatou o marido.
A amiga também contou que as enfermeiras ouviram o coração do bebê em duas ocasiões, uma na chegada ao hospital e outra no momento do parto. Apesar disso, um funcionário teria dito que a criança já estava morta “na barriga” e não sobreviveria por conta de má formação.
De acordo com o marido, a mulher, que permanece internada, está em choque. Ela sabe que a criança morreu, porém desconhece as circunstâncias. “Achamos melhor não contar para ela ainda. Vamos deixar ela melhorar para contar”.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), informou em suas redes sociais que mandou afastar os profissionais de saúde que participaram do atendimento. Além disso, lamentou o ocorrido e decretou que a Polícia Civil realize uma investigação para apurar os responsáveis.
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O Metrópoles entrou em contato com a Santa Casa do Pará, porém não teve respostas até a publicação da reportagem.