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A transição energética já representa negócios reais, deixou de ser obrigação e ou a ser oportunidades.”CEO da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado Com estudos iniciados no fim de 2020, a Política Nacional de Transição Energética (PNTE) saiu do papel apenas cinco anos depois. Um dos seus principais ramos, o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) foi aprovado e sancionado pelo Governo Federal apenas em janeiro deste ano. O Paten abre o o a crédito para empresas financiarem projetos ligados à transição energética por meio do Fundo Verde, istrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa engloba desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, modernização da infraestrutura de geração e transmissão de energia e a substituição de fontes de geração poluentes por renováveis, incluindo ainda um braço de pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias verdes. 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Especialistas criticam falta de ação no país para transição energética

Avaliação de profissionais envolvidos no tema é de que o país está perdendo oportunidades com a ausência de projetos

atualizado

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1 de 1 Foto colorida de placas de energia solar e estações de energia eólica - Metrópoles - Foto: Zhongguo/GettyImages

Muito sol o ano inteiro, ventos em abundância, rios extensos, além de uma infinidade de outros recursos naturais à disposição. A capacidade de o Brasil gerar – muita – energia e ter uma matriz predominantemente limpa é um dado concreto inquestionável. Então, dentro do contexto da transição energética, o que falta para o país ser um grande player nesse campo? Os especialistas são unânimes: faltam projeto e coordenação.

“O Brasil tem que jogar fora aquele clichê de que não perde a oportunidade de perder uma oportunidade”, pontua a doutora em planejamento energético e CEO da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado. Vendo por dentro uma área que desponta como a nova fronteira da geração de energia no país, Delgado destaca a necessidade de o país tomar a eficiência energética como uma prioridade urgente.

“O ano de 2026 será decisivo para a tomada de decisões de investimentos na casa de R$ 30 bilhões. A transição energética já representa negócios reais, deixou de ser obrigação e ou a ser oportunidades.”

CEO da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado

Com estudos iniciados no fim de 2020, a Política Nacional de Transição Energética (PNTE) saiu do papel apenas cinco anos depois. Um dos seus principais ramos, o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) foi aprovado e sancionado pelo Governo Federal apenas em janeiro deste ano. O Paten abre o o a crédito para empresas financiarem projetos ligados à transição energética por meio do Fundo Verde, istrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa engloba desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, modernização da infraestrutura de geração e transmissão de energia e a substituição de fontes de geração poluentes por renováveis, incluindo ainda um braço de pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias verdes.

A morosidade na resposta do poder público, em descomo com o andamento do mercado e, ainda mais, com as necessidades do planeta, é criticada por quem já viveu a experiência por dentro. Para Jean-Paul Prates, ex-presidente da Petrobras e atuante no mercado de energia há mais de 30 anos, o momento é de ar do discurso para as ações práticas diretas.

“Como em tudo, no Brasil existe a realidade e o discurso. Então, o discurso é de que o Brasil tem inúmeras fontes de recursos naturais, dentre os quais muitos geram energia, e temos a matriz energética mais limpa entre as grandes economias mundiais. Mas, na prática, o que está acontecendo é que, se você não integrar essas fontes, como não se está fazendo, elas começam a solapar umas às outras, numa espécie de canibalização. Se cresce demais o olho em cima e se a a querer invadir, digamos assim, um território onde uma outra fonte talvez fosse a mais apropriada, na base do lobby, na base da da pressão política, enfim, algum tipo de artificialismo que não corresponde necessariamente ao que seria natural”, ressalta Prates.

E termina que essa indefinição tem um custo, que não é baixo. Grandes geradores de energia eólica e solar, em especial no Nordeste, estão em uma disputa com a Agência Nacional de Energia Elétrica em virtude dos cortes na produção feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico para evitar excesso de oferta. Os produtores estimam uma perda de R$ 2,5 bilhões dentro do que era projetado para fornecimento. A Conta de Desenvolvimento Energético, apresentada pela Confederação Nacional das Indústrias, aponta que apenas os encargos embutidos no custo da energia no Brasil somam R$ 37 bilhões em 2024. Já a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres aponta que, por desenhos ineficientes de política e subsídios excedentes, a conta anual chega a R$ 100 bilhões/ano para os consumidores.

O professor Ricardo Lúcio Ribeiro, líder do Grupo de Transição Energética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pontua que a coordenação nos projetos é essencial neste momento em que a mudança de perfil exige uma série de investimentos.

“Saímos da tração animal para o vapor e para o petróleo. Duas transições energéticas com ganho de eficiência. Essa transição de agora vai ser a primeira sem ganho de eficiência, porque, para retirar os elementos poluidores do ambiente, vai ter que gastar mais energia. Então, para que haja esse movimento de maneira mais efetiva, precisa necessariamente de uma boa direção governamental por meio de financiamento e incentivo. Já tive conversas com empresas de grande porte que relatam ter retorno de 30% no investimento em petróleo, mas no hidrogênio verde o retorno máximo seria de 8%. Então, ele só vai investir se tiver um incentivo que justifique essa mudança”, conclui o acadêmico.

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