Em vídeo, Bolsonaro diz que tem “quase união estável” com Chico Rodrigues
Senador que era vice-líder do governo foi flagrado em operação da Polícia Federal tentando esconder dinheiro na bunda
atualizado
Compartilhar notícia

Desde que o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) foi flagrado com dinheiro nas nádegas pela Polícia Federal, na quarta-feira (14/10), o presidente Jair Bolsonaro está sendo alvo indireto. Além de ocupar até a manhã desta quinta (15/10) o cargo de vice-líder do governo, o político de Roraima gosta de dizer que é amigo do presidente da República.
E fala isso mesmo na presença de Bolsonaro. Como neste vídeo que circula nas redes sociais e no qual o atual presidente diz que tem “quase uma união estável” com o senador investigado. Veja:
Vídeos que voltaram a circular na internet mostram o presidente @jairbolsonaro afirmando ter “quase uma união estável” com o vice-líder do governo no Senado. O @senadorchico foi flagrado pela @policiafederal com dinheiro nas nádegas #Metrópoles pic.twitter.com/6oYyvVtas1
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) October 15, 2020
“Quero agradecer ao meu amigo Jair Bolsonaro, de 20 anos de Câmara dos Deputados”, diz Rodrigues no vídeo. “É quase uma união estável”, responde Bolsonaro.
O senador continua: “Ficamos muito felizes com seu patriotismo, sua luta em defesa do Brasil, dos princípios e valores da família”, elogia. “Você tá absorvendo sentimento de uma retomada da moralidade”, completa.
“Orgulho”
O Diário Oficial da União desta quinta (15/10) trouxe o pedido de dispensa de Chico Rodrigues da vice-liderança do governo no Senado. Mais cedo, Bolsonaro buscou desvencilhar seu governo do escândalo.
“A operação de ontem [quarta-feira] é fator de orgulho para meu governo, para meu ministro Wagner Rosário [da Controladoria-Geral da União] e para a nossa PF”, disse.
“E não isso que a imprensa está falando agora que eu tenho a ver com essa corrupção, ou dizendo que no meu governo tem corrupção. Esse caso aí e mais uma mentira da imprensa que quer desqualificar meu governo a todo tempo. Isso se chama crise de abstinência. Acabaram os milhões”, disse o presidente, ao deixar o Palácio da Alvorada.
“Parte da imprensa me acusando do cara ser meu amigo, eu coloquei como vice-líder e que eu não combato a corrupção. Vamos deixar bem claro, essa operação da PF de ontem, como metade das operações, foi em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União). Ou seja, nós estamos combatendo a corrupção, não interessa quem seja a pessoa suspeita”, continuou o presidente.