Em meio a crises com IOF e INSS, Congresso paralisa com Fórum do Brics
Evento será realizado de 3 a 5 de junho na sede do Legislativo. Câmara terá sessão na segunda (2/6), enquanto o Senado não
atualizado
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Palco de embates calorosos nos últimos dias, o Congresso Nacional vai suspender as atividades para receber o 11º Fórum Parlamentar do Brics, entre 3 e 5 de junho. O evento reunirá cerca de 150 congressistas de ao menos 15 países, incluindo os 11 membros do bloco e também nações parceiras do Brics.
A Câmara dos Deputados tem sessão prevista apenas na segunda-feira (2/6). Na pauta, requerimentos de urgência e projetos que buscam enfrentar calamidades públicas, violência contra a mulher, incêndios, uso de programa de milhagem e utilização de água do mar em equipamentos sanitários de cidades litorâneas.
Já o Senado não terá plenário ou comissões, assim como a Câmara, no restante da semana. O evento pausará debates importantes que predominaram na agenda do Legislativo, nas últimas semanas, como as crises causadas pela alteração no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e pelo escândalo de descontos irregulares nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Depois de reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a cúpula do Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que o Legislativo deu ao governo federal prazo de 10 dias para que uma alternativa ao aumento do IOF seja apresentada.
Parlamentares pressionam Motta para que ele paute, em plenário, projeto de decreto legislativo (PDL) para sustar a norma publicada pelo governo Lula. A data estabelecida para uma alternativa é 10 de junho.
Já no Senado Federal, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) é pressionado a ler, em sessão conjunta do Congresso Nacional, o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) do INSS, para investigar o esquema de descontos irregulares em benefícios.
Alcolumbre sinalizou que vai realizar a leitura em sessão do dia 17 de junho, que terá na pauta diversos vetos presidenciais que precisam ser votados pelo Executivo. Porém, a sessão ainda não foi de fato marcada no sistema do Congresso.
A instalação e o início dos trabalhos da MI do INSS devem ficar para o segundo semestre, uma vez que os parlamentares esvaziam o Congresso na segunda quinzena de junho para as festas juninas, populares nos redutos eleitorais, e em julho há recesso parlamentar.