Em live, Bolsonaro usa dados antigos para pregar contra uso de máscara
Presidente leu, sem dar a data, informações envidas por e-mail por médico norte-americano Dr. Fauci há mais de um ano
atualizado
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Em sua live semanal, nesta quinta-feira (3/6), o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) usou informações antigas para questionar eficácia das máscaras para prevenir a infecção pelo coronavírus. O mandatário repercutiu o vazamento de e-mails do imunologista norte-americano Anthony Fauci, chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas do país, divulgados pelo site Buzzfeed.
“Vocês tão vendo os vazamentos do dr. Fauci? O que que ele fala nos seus e-mails? O Mandetta dos EUA">
Até aquele momento, ainda havia poucas informações científicas sobre as formas de transmissão da Covid-19 e a recomendação oficial do governo norte-americano era de que máscaras deveriam ser usadas somente por pessoas infectadas e profissionais de saúde. A posição foi mudada em 3 de abril de 2020, quando os EUA aram a recomendar o uso de máscaras de pano a todos os cidadãos.
Dias antes, em 1º de abril de 2020, o uso de máscaras por “qualquer pessoa” também foi indicada pelo Ministério da Saúde brasileiro.
Bolsonaro usou a informação para atacar os membros da I da Pandemia no Senado. “Ficam me cobrando a usar máscara”, reclamou o presidente. Além disso, ele falou de “tratamento ríspido” contra depoentes como a médica Nise Yamagushi.
Sem citar o depoimento da médica Luana Araújo, vetada pelo governo de assumir a Secretaria Extraordinária de Combate à Covid-19, Bolsonaro disse ainda que “a pessoa que é contra o tratamento imediato e não dá alternativa é no mínimo um canalha”.
Logo depois, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina contra a Covid, apesar da falta de evidências científicas de eficácia, e reforçou ter tomado o remédio novamente há algumas semanas, quando se sentiu mal. “Coincidentemente, fiz o exame de Covid e deu negativo”.