Juiz nega pedido do PT e libera jantar de Garcia com Bolsonaro em SP
Evento que reunirá presidente e Tarcísio com deputados e prefeitos está marcado para esta quinta (20), na ala residencial da sede do governo
atualizado
Compartilhar notícia

O juiz Otavio Tioiti Tokuda, da 10ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, negou uma ação movida pelo PT e liberou a realização de um jantar oferecido pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta quinta-feira (20/10), na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Na ação, o presidente do PT paulista, Luiz Marinho, afirmou que o jantar seria um “evento de campanha” e que sua realização dentro de um prédio público “ofende os princípios da moralidade e impessoalidade istrativas, além de denotar flagrante desvio de finalidade”.
O magistrado, porém, afirmou que o petista não conseguiu comprovar a “ilegalidade ou ilegitimidade do ato”, nem a lesão aos cofres do estado com a realização do jantar no Palácio dos Bandeirantes. Segundo o juiz, o próprio presidente do PT afirmou no pedido “desconhecer se os custos do referido encontro serão ados pelo erário público”. Segundo o governo, o jantar será custeado pelo diretório estadual do PSDB.
Na decisão, o juiz disse ainda que “não há prova inconteste de que o ato, apesar de político, tenha cunho eleitoral”, mesmo que candidatos a cargos públicos nesta eleição, como Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Republicanos) – que concorre ao governo do estado –, estejam entre os convidados.
O jantar oferecido por Garcia a Bolsonaro, que também reunirá Tarcísio, deputados e prefeitos aliados, revoltou uma ala do PSDB próxima ao ex-governador João Doria, desafeto de Bolsonaro que anunciou sua desfiliação do partido nesta semana, após 22 anos na legenda.
Rodrigo Garcia ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição para governador e, logo em seguida, anunciou seu apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas contra o petista Fernando Haddad na corrida estadual e ao presidente Jair Bolsonaro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa nacional, antes mesmo de o PSDB tomar posição. O partido acabou decidindo apoiar Tarcísio em São Paulo, mas ficar neutro na eleição presidencial.