Ciro Nogueira vai tirar férias para cuidar de campanha no Piauí
Segundo a assessoria do ministro, ele entrará de recesso na semana do primeiro turno, de 24 de setembro a 2 de outubro
atualizado
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Ministro da Casa Cívil e um dos coordenadores de campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, Ciro Nogueira (PP-PI) pedirá férias do cargo para cuidar da corrida eleitoral no seu estado natal e reduto político, o Piauí. Segundo a assessoria de Nogueira, ele entrará de recesso na semana do primeiro turno, de 24 de setembro a 2 de outubro.
No estado, Ciro deverá tentar fortalecer as alianças políticas do Executivo e acompanhar a reta final dos seus aliados Sílvio Mendes (União Brasil-PI), que concorre ao governo estadual e Joel Rodrigues (PP-PI), que disputa uma vaga ao Senado contra o ex-governador Wellington Dias (PT-PI). O objetivo é percorrer os principais municípios do Piauí na tentativa de garantir a eleição de Mendes no primeiro turno.
Ainda no radar do ministro, a expectativa é de que o presidente Jair Bolsonaro tenha o dobro de votos que teve no Piauí em comparação ao que obteve na corrida presidencial de 2018.
“Acho que um número para a gente trabalhar aqui, que seja exequível, é o presidente ter acima de 30% no Piauí, quase o dobro do que ele teve na eleição ada. Ele está com esses índices em alguns estados. A campanha nacional trabalha para o Bolsonaro ter no Nordeste acima de 30%”, disse o ministro em entrevista à TV Piauí, nesta quinta.
Berço político de Nogueira, o estado piauiense segundo as últimas pesquisas, possui preferência de 61% pelo candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. Enquanto Bolsonaro pontua com 20%. A expectativa de Ciro é tentar reverter o quadro.
O candidato apoiado pelo ministro na corrida pelo governo do Piauí lidera nas pesquisas. O último levantamento apresentado em 12 de setembro aponta o ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes com 43% das intenções de voto, contra 29% do candidato do PT, Rafael Fonteles.
Ex-aliado de Lula, Ciro foi eleito senador em 2018, utilizando a imagem do ex-presidente na campanha. A aproximação com Bolsonaro veio apenas em 2020, quando também declarou oposição ao ex-governador Wellington Dias (PT-PI).