Eduardo Bolsonaro cogita presidência “se for missão dada pelo pai”
Deputado Eduardo Bolsonaro falou pela primeira vez de forma explícita como um possível candidato a presidência em 2026
atualizado
Compartilhar notícia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que enfrenta um inquérito sobre a sua atuação junto ao governo Trump em busca de punições a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou pela primeira vez de forma explícita como um possível candidato a presidência em 2026. Ele ainda comentou sobre a possibilidade da madrasta, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e de Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, concorrerem ao cargo.
De acordo com o deputado, se concorrer ao Planalto for uma missão dada pelo pai, ele vai cumprir.
“Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz”, afirmou Eduardo. “Mas eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera diversas pesquisas”. A fala ocorreu em entrevista à revista Veja.
Durante a fala, o deputado buscou se mostrar como uma figura de liderança. Para ele, é preciso “resgatar o espírito de 2018, sem cometer os erros de 2022”.
Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) até 2030, por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, a direita brasileira tem tentado encontrar um nome para a corrida presidencial de 2026.
Entre as possibilidades estão a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que aparece bem posicionada nas pesquisas, e Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Ainda durante a entrevista, o filho 03 de Bolsonaro comentou sobre os possíveis concorrentes de indicação.
“Tarcísio é um excelente gestor. Mas ele tem dito que o objetivo dele é a reeleição ao governo de São Paulo. Foi um excelente ministro da Infraestrutura”, disse, sem deixar de reiterar que a escolha de quem será candidato é do pai. “Quem vai dizer o candidato hoje é ele. Eu ainda acho que Jair Bolsonaro poderá se candidatar, até porque ele está inelegível por motivos esdrúxulos,” complementou.
Sobre a possibilidade de ex-primeira-dama Michelle concorrer ao Planalto, Eduardo Bolsonaro afirmou que a rejeição à madrasta é “muito baixa”. De acordo com ele, o discurso de Michelle se aproxima muito das pessoas evangélicas e da pauta das mulheres.
Mais uma vez, ele destacou que o responsável pela indicação será Bolsonaro. “Mas é o Jair Bolsonaro, na verdade, quem vai decidir. Acho que vai ser difícil tirar dele a possibilidade de concorrer. Mais uma vez, acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel pra gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato.”
“Não posso bater martelo”
Em entrevista recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou que vê possíveis candidatos à Presidência da República no próximo ano, embora se recuse a retirar o nome do páreo.
Mas ao comentar possíveis candidaturas de sua esposa, Michelle Bolsonaro, ou do filho Eduardo, o ex-presidente afirmou que “não pode bater o martelo agora”.
“A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? É uma pessoa como primeira-dama, no meu entendimento, que foi exemplar. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população”, falou Jair Bolsonaro.
Ele complementou afirmando: “Então ela pode ser candidata? Não sei. O outro é o Eduardo [Bolsonaro], que está nos Estados Unidos, que aparece em pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá. Eu não posso bater o martelo agora”.