PGR arquiva investigações sobre offshores de Guedes e Campos Neto
De acordo com a Procuradoria, as duas autoridades informaram a existência dessas empresas e de contas bancárias no exterior
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou, nesta semana, duas investigações preliminares para apurar a existência de crimes por parte do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela posse de empresas em paraísos fiscais, o que pode configurar conflito de interesses.
De acordo com a PGR, as duas autoridades informaram a existência dessas offshores e de contas bancárias no exterior. Por esse motivo, não deve haver crime, uma vez que Guedes e Campos Neto cumpriram o previsto na legislação.
O caso foi revelado pela série de reportagens Pandora Papers, coordenada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, a qual o Metrópoles faz parte. A apuração mostrou que Guedes mantinha US$ 9,5 milhões, desde 2014, em uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e que Campos Neto é proprietário de três offshores, nas Bahamas e nas Ilhas Virgens Britânicas.
O ministro da Economia argumentou à PGR que logo após a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) à presidência, ele havia se afastado da diretoria da offshore. Já Campos Neto disse que não fez movimentações de valores.
Apesar da PGR ter arquivado o caso, outra investigação tramita no Ministério Público Federal do Distrito Federal, em primeira instância, por estar no âmbito da improbidade istrativa.