Mesmo após intervenção do Banco Central, dólar bate R$ 4,65
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá nos dias 17 e 18 deste mês
atualizado
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O dólar superou o patamar de R$ 4,65. Mesmo com o leilão de dólares do Banco Central, a moeda registrou um aumento nesta quinta-feira (05/03). No ano, a alta acumulada a de 15%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está preocupada com a situação. O grupo se reunirá nos dias 17 e 18 deste mês para deliberar sobre a taxa de juros, que está em patamar mínimo recorde de 4,25% ao ano.
Às 12h45, a moeda norte-americana subia 1,55%, cotada a R$ 4,6514. Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,8388, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Nas casas de câmbio, o dólar já é negociado acima de R$ 5,05 na compra em cartão pré-pago.
Nessa quarta-feira (04/03), o dólar encerrou a sessão em alta de 1,51%, a R$ 4,5790, novo recorde nominal de fechamento (sem considerar a inflação), após a divulgação dos dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, que registrou alta de 1,1% em 2019.
Leilão
Logo após do leilão de US$ 1 bilhão, o BC anunciou a realização de um segundo leilão de swap cambial com recursos novos ainda nesta manhã, no mesmo valor.
Na semana ada, o BC vendeu US$ 2,5 bilhões em swap cambial novo e nas três sessões pós-carnaval, mas houve apenas um impacto pontual na cotação da moeda americana.
O anúncio do leilão não foi suficiente para conter a alta da moeda americana, que fechou com recorde histórico pela décima primeira vez consecutiva.
A sinalização de que o BC prepara novo corte de juros ajudou a pressionar ainda mais as cotações e o real teve novamente o pior desempenho em relação a seus pares no mercado internacional considerando 34 moedas.