Após caso Petrobras, principais indicadores econômicos despencam
Com a interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Petrobras, dólar sobe, ações caem e popularidade de Bolsonaro recua
atualizado
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A interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Petrobras, que determinou a troca do líder da estatal, causou deterioração nos principais indicadores financeiros do país nesta segunda-feira (22/2).
As ações da Petrobras na bolsa de valores brasileira, por exemplo, já caíram quase 21%, desde o anúncio do governo de que o general Joaquim Silva e Luna assumirá a presidência da empresa.
Nesta manhã, o Ibovespa abriu em 4,88% a 112.652 pontos. As ações preferenciais da Petrobras caem 19,50%, a R$ 22,00 cada, e as ordinárias recuam 19,55 %, a R$ 21,80.
A corretora de investimentos XP chegou até mesmo a recomendar que os clientes não comprem ações da empresa. O preço que era de R$ 32 recuou para R$ 24, tanto para ações ordinárias quanto para preferenciais.
O dólar também sofreu mudanças. A moeda americana, às 13h45, chegou a registrar R$ 5,48. O aumento foi de quase 2,60% desde a indicação de Silva e Luna. Na bolsa de Nova Iorque, os número também não são bons. Os certificados de ações negociados nos Estados Unidos (ADRs) da Petrobras diminuíram 20%, a US$ 8 cada.
Neste cenário, de acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta segunda-feira (22), 35,5% dos brasileiros avaliam como ruim ou péssimo o governo conduzido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).