Corpo de brasileira morta após incêndio no Japão é sepultado em Goiás
Amanda Borges da Silva, 31, morreu em Narita, após quarto onde estava hospedada pegar fogo. Srilankês suspeito de cometer crime foi preso
atualizado
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Goiânia (GO) – O corpo da goiana Amanda Borges da Silva (foto em destaque), 31 anos, encontrada morta em um quarto de hotel em Narita, no Japão, foi velado e sepultado nesse sábado (24/5), na cidade natal dela, Caldazinha (GO), na região metropolitana da capital goiana.
O corpo de Amanda chegou ao Brasil na sexta-feira (23/5), quase um mês após a tragédia, descoberta em 1º de maio último. Após o traslado, que teve uma parada em São Paulo (SP), a família precisou fazer novamente o reconhecimento da vítima, que morreu em um incêndio.
Só depois desses procedimentos os parentes e amigos de Amanda puderam organizar a despedida. A goiana havia viajado ao Japão para assistir a um circuito de Grande Prêmio da Fórmula 1.
Relembre o caso
- Amanda foi encontrada morta em um apartamento incendiado próximo ao Aeroporto Internacional de Narita. Ela estava no Japão desde abril para assistir ao Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, em Suzuka, e voltaria ao Brasil em 1º de maio.
- O corpo da goiana foi achado debaixo dos escombros do imóvel, após um incêndio destruir o quarto onde ela estava hospedada. A polícia japonesa prendeu, em 3 de maio, o suspeito de cometer o crime, identificado como Abeysuriyapatabedige Pathum Udayanga.
- O investigado tem 31 anos e nasceu no Sri Lanka, na Ásia. Ele morava no mesmo edifício que a vítima e, em depoimento, disse que entrou em pânico ao ver o incêndio, mas não apagou as chamas. A investigação do caso corre sob segredo de Justiça.
- A família de Amanda relatou que ela chegou a mencionar em uma conversa com o namorado que estava com medo do comportamento de um homem com quem teria se comunicado horas antes de desaparecer.
- A vítima acreditava que ele era um conhecido, mas estranhou o fato de ele falar em hindi por telefone com ela. “Acho que ele está fazendo casinha para mim, kkk”, escreveu Amanda ao namorado, em tom de brincadeira, em uma das últimas mensagens enviadas.
- As autoridades japonesas investigam o caso em parceria com o consulado brasileiro no país.
Amanda foi sepultada às 16h, no Cemitério Municipal de Caldazinha. A prefeitura da cidade relembrou que ela “era uma jovem cheia de sonhos, querida por todos” e acrescentou que “partida repentina dela deixa um vazio profundo em nossa comunidade”.
A causa da morte ainda não foi divulgada. Até 3 de maio, dois dias após o corpo de Amanda ser encontrado, as suspeitas divulgadas pela mídia japonesa envolviam asfixia por inalação de fumaça, após um incêndio no quarto em que ela estava hospedada.
Parte do valor necessário para o traslado do corpo – cerca de 70% – foi obtida por meio de doações de campanha organizada pela mãe da goiana. A família conseguiu arrecadar cerca de R$ 55 mil, e os outros 30% foram reados pelo Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás (GAI), que presta auxílio a moradores do estado que morreram no exterior.
O programa estadual cobre o valor da cremação e a repatriação das cinzas, segundo o GAI. No entanto, como a família optou por trazer o corpo, foi necessário complementar os custos, devido ao embalsamamento e ao transporte da urna funerária.