Brazão: “Ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle que o PSol”
Em entrevista ao Metrópoles, conselheiro do TCE diz que vitimização trouxe benefícios políticos ao partido de Marielle
atualizado
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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão disse, em entrevista nesta terça-feira (23) ao Metrópoles, que o assassinato da vereadora Marielle Franco trouxe benefícios políticos ao PSol, sigla da parlamentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O político avaliou que, eleitoralmente, houve uma vitimização por parte dos membros do partido. “Acredito que eleitoralmente isso interesse ao PSol. O PSol não faz obra, o PSol não troca lâmpada, o PSol não bota asfalto, o PSol não emprega na prefeitura nem em qualquer lugar”, argumenta. “O PSol vive dessas coisas”, complemento ele, que teria sido citado em delação do ex-PM Ronnie Lessa como mandante do assassinato da vereadora, ocorrido em 2018.
Para Brazão, “ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle do que o PSol”.”Isso é um fato. Não é porque o PSol queira se aproveitar disso. É porque vitimiza e está lá.”
Brazão ironizou o fato de que, mais uma vez, seu nome esteja citado no noticiário como um suposto envolvido no crime. “O Ministério Público do Rio, o Grupo de Combate ao Crime Organizado, a Polícia Federal, a Polícia Civil… Nos últimos tempos, o Rio está vendo um enorme número de milicianos sendo presos. E eu nunca tive nenhum envolvimento. Não posso acreditar que todas essas autoridades estão me protegendo, colocando seus cargos e funções em risco.”
O conselheiro criticou ainda o fato de que, durante os quase seis anos do assassinato de Marielle, teve quase nenhum o aos autos dos inquéritos abertos. “Nunca me deram o, alegando que não tenho relação com o caso. Não sei qual é a intenção das autoridades. Já fui investigado muitas vezes. Não sei com qual intenção.”