Bolsonaro: IOF proposto por Lula penaliza a população de baixa renda
Bolsonaro afirmou que as mudanças no IOF propostas pelo governo Lula afetaram “especialmente a população de baixa renda”
atualizado
Compartilhar notícia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (26/5), para afirmar que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai penalizar a população mais pobre.
“O principal impacto do aumento do IOF recai sobre operações de crédito, como empréstimos pessoais, financiamentos e uso do rotativo do cartão de crédito. Isso afeta especialmente a população de baixa renda, que, muitas vezes, depende desses instrumentos para lidar com imprevistos ou complementar o orçamento mensal”, escreveu Bolosnaro.
O governo Lula anunciou, na quinta-feira (22/5), um decreto que altera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tributo que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro. A ideia provocou repercussão negativa no mercado financeiro, com o Ibovespa apresentando retração e o dólar registrando alta de R$ 0,32%.
Segundo Bolsonaro, a consequência direta do aumento do IOF é que “os juros pagos pelos consumidores ficam ainda mais altos, gerando um crédito mais caro que dificulta o o a bens duráveis, serviços essenciais (como saúde e educação privada) e até mesmo investimentos produtivos de pequenos empreendedores”.
Impactos do IOF
Bolsonaro acrescentou que “as empresas que realizam operações financeiras — especialmente de crédito e câmbio — também sofrem aumento de custos com o IOF e como forma de compensar, muitas ream esses custos aos consumidores por meio do aumento de preços de produtos e serviços.”
O que gera um “efeito inflacionário indireto: a carga tributária maior se transforma em aumento de preços, o que pesa mais no bolso dos consumidores de baixa renda, que gastam uma maior proporção da renda com consumo básico”.
Segundo Bolsonaro, o “IOF sobre operações de câmbio (como compra de dólares, envio de dinheiro para o exterior ou uso de cartão de crédito internacional) também encarece essas transações. Mesmo que isso pareça atingir apenas quem viaja ou compra do exterior, há efeitos indiretos mais amplo como no preço de combustíveis e produtos importados como itens eletrônicos, alimentos, insumos industriais – todos esses podem subir de preço, o que afeta toda a cadeia produtiva e, por consequência, o custo de vida”.
Ações de Bolsonaro
Em 2022, visando se adequar aos padrões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a equipe econômica do governo Bolsonaro anunciou, por decreto, um plano de redução gradual da alíquota de IOF sobre câmbio até o fim da década, da seguinte forma:
- 6,38% até 2022;
- 5,38% em 2023;
- 4,38% em 2024;
- 3,38% em 2025;
- 2,38% em 2026;
- 1,38% em 2027;
- 0 em 2028.