Bolsonaristas parabenizam Ainda Estou Aqui, mas criticam “politização”
Enquanto base governista comemorou conquista no Oscar para Ainda Estou Aqui, poucos aliados de Bolsonaro comentaram a respeito
atualizado
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Parlamentares de oposição ao governo e alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizaram o filme Ainda Estou Aqui pela vitória no Oscar, mas criticaram um suposto uso político da obra. Nesse domingo, o longa-metragem protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello levou a estatueta na categoria de Melhor Filme Internacional.
Enquanto grande parte da base governista no Congresso Nacional comemorou a conquista, poucos parlamentares de oposição se manifestaram sobre o assunto.
O líder do Partido Liberal (PL) no Senado, Carlos Portinho (foto em destaque), comemorou a vítória do filme na competição, mas criticou o que considera “mistura entre cultura e política”.
“A cultura é uma política de Estado e não deve ter lado, sendo a identidade da nossa nação. Não pertence a um grupo político. Não queiram se apropriar”, descatou em postagem no X (antigo Twiteer).
Já o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) parabenizou a produção e as atuações no longa, mas aproveitou para também criticar o suposto uso político do filme, além de minimizar a importância da categoria de Melhor Filme Internacional.
“O filme brasileiro Ainda Estou Aqui infelizmente perdeu as duas mais importantes e mais esperadas estatuetas: a de melhor atriz e a de melhor filme. Se não tivesse sido tão politizado, quem sabe não teria levado as demais [categorias]">
O deputado Bibo Nunes (PL-RS), por sua vez, elogiou o filme, mas apagou o comentário. Ele manteve no ar postagem em que afirma esperar que o filme “não tenha usado verba pública, pois o Diretor Walter Salles é um milionário”. “Verba pública deve ser para quem precisa mostrar seu talento e não tem condições financeiras”, completou.
Na noite desse domingo (2/3) Ainda Estou Aqui fez história ao conquistar a estatueta de Melhor Filme Internacional. Dirigido por Walter Salles, o filme é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello.
A obra ainda concorria na categoria de Melhor Filme e a atriz Fernanda Montenegro disputava a estatueta de Melhor Atriz. Nessas duas, o Brasil não levou o prêmio para casa.
