Após mal-entendido, Bolsonaro encontra com menina Yasmin no Planalto
Na ocasião, o presidente entregou uma blusa do Flamengo de presente para a criança, de 8 anos, que estava acompanhada dos pais
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), recebeu a menina Yasmin Alves, de 8 anos, no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (25/04/2019). A garota ficou conhecida após aparecer em um vídeo em que supostamente “se nega” a cumprimentar o chefe do Executivo durante evento na Escola Classe 1 da Estrutural (DF).
Segundo Yasmin contou em entrevista exclusiva ao Metrópoles, ela não se recusou a falar com o presidente, somente respondeu negativamente à pergunta de Bolsonaro quanto a se ela torcia para o Palmeiras. A garota é flamenguista.
“Ele perguntou quem era palmeirense e eu balancei a cabeça, dizendo que não era”, explicou Yasmin ao reforçar a paixão pelo Flamengo.
Nesta quinta, a menina foi ao Palácio do Planalto acompanhada dos pais e ganhou uma blusa do Flamengo do presidente. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também estavam no local.
Relembre o vídeo que gerou a polêmica, desmentida por Yasmim:
“Ensina a criança o caminho que deve andar e mesmo quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Vamos cuidar do futuro do Brasil! ?? pic.twitter.com/RFrWooMuoS
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 19 de abril de 2019
Após o encontro, o presidente disse que levará a filha Laura, também de 8 anos, para conhecer a menina. “Hoje entreguei uma camiseta do Flamengo para ela, porque naquele momento que perguntei se era palmeirense, disse que não. Fiquei sabendo que torce para o Mengão. Quero ver se levo a minha filha, que também tem 8 anos, para tirar uma fotografia com ela”, completou.
Pai bolsonarista
O pedreiro Valdir Alves, 48 anos, pai de Yasmin, conta que o mal-entendido trouxe dor de cabeça e chateação para toda a família. Ele, que se diz eleitor de Bolsonaro, considera um crime a exposição da imagem da menina.
“Eu transferi meu título para cá e votei no Bolsonaro. Não imaginaria que pudesse chegar a esse ponto. Saio nas ruas e vejo as pessoas comentando sobre a minha filha. É uma criança de 8 anos convivendo com essa expectativa de não querer nem estudar porque todo mundo fala dela”, contou Valdir.
A mãe, Cléia Ramone, 26, preocupa-se com a possibilidade de sequelas psicológicas na filha e também com a integridade física da menina. “Ela está chorando, triste e transtornada, porque tem uns que são muito a favor [do presidente Bolsonaro], e tem gente que não gosta dele. Fico pensando no que podem fazer”, diz a dona de casa.