Após jogar pedra no Planalto, “advogado do LSD” é visto no Alvorada
Claudemir Antônio Parisotto tem protagonizado histórias polêmicas em Brasília e chegou a pichar monumentos
atualizado
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O advogado preso após atirar uma pedra contra o Palácio do Planalto visitou, na manhã deste domingo (25/12), o Palácio da Alvorada, onde mora o presidente Jair Bolsonaro (PL). Liberado horas após a detenção, o defensor, que é apoiador do mandatário do país, foi flagrado conversando com outros apoiadores que visitavam a residência oficial do titular da República.
Nas conversas com os bolsonaristas, Claudemir Antônio Parisotto voltou a reproduzir falas desconexas relacionando o PT com LSD e Geraldo Alckmin (PSB). O defensor só não chegou mais perto do palácio porque o o ao espelho d’água do Alvorada não foi foi liberado pela manhã.
O advogado vem protagonizando histórias controversas por Brasília. Recentemente, ele entrou com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a diplomação do presidente eleito, Luzi Inácio Lula da Silva (PT), alegando que o petista “praticou estelionato eleitoral mediante uso de droga”.
Claudemir também foi autor de pichações em ministérios e no Museu Nacional da República, com letras em vermelho, escrevendo frases como: “O Alckmin foi drogado com LSD, a droga da reeducação comunista”.
Em outro monumento, pichou os dizeres: “O fruto proibido domina a mente por sete dias” e “Alckmin foi drogado pelo PT com LSD”. Investigado pela Polícia Civil, o homem de 48 anos afirmou morar em Chapecó (SC) e veio a Brasília porque queria conversar com Bolsonaro para dizer que “descobriu” uma droga da “reeducação comunista”.
Ele também dedicou alguns dias para ficar em uma região central de Brasília com uma grande cruz feita em PVC, também com dizeres sobre LSD, Lula, Alckmin e comunismo.
Preso e liberado
No último dia 22, Parisotto foi preso ao tentar “se comunicar” com Bolsonaro jogando, dentro do Palácio do Planalto, uma pedra embrulhada em uma bandeira do Brasil e cartas.
O homem acabou detido pelo 6º Batalhão da Polícia Militar e foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). “Fui lá tentar entregar uma carta ao presidente, avisando que entrei com um processo [contra a diplomação de Lula]”, disse ele ao Metrópoles.
O advogado conta que havia três cartas no “embrulho”, direcionadas ao presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e a dois filhos de Bolsonaro. Segundo ele, a pedra era do tamanho de uma maçã e foi arremessada pela rampa do Planalto.
“Era para cair lá dentro, para Alguém ver e levar para o Bolsonaro”. Claudemir prestou depoimento à Polícia Civil por volta das 19h30. Enquanto contava sobre o fato, falava com todos da delegacia ideias desconexas sobre drogas, “escravidão intelectual” e política.
Veja fotos do advogado na delegacia: