Anvisa quer quarentena para brasileiros vindos de países com variantes
Agência enviou uma sugestão de mudança na legislação atual que regulamenta medidas de contenção da Covid-19 em pontos de entrada do Brasil
atualizado
Compartilhar notícia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer que brasileiros regressos de países que tenham circulação de variantes da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, cumpram quarentena de 14 dias.
O mesmo pode valer para trabalhadores marítimos de embarcações e plataformas. Atualmente, esses funcionários podem ingressar no Brasil por via aérea ou marítima, desde que apresentem exame negativo e não reportem nenhum sintoma da doença na Declaração de Saúde do Viajante (DSV).
Nesta data (28/5), a agência enviou uma sugestão de mudança na legislação atual que regulamenta medidas de contenção da Covid-19 em pontos de entrada de brasileiros.
Pela sugestão da Anvisa, os marítimos estrangeiros procedentes dos países em que há circulação de variantes ficariam impedidos de ingresso no Brasil, e os brasileiros em viagem de retorno precisariam, necessariamente, cumprir quarentena de 14 dias na cidade de desembarque.
Nos próximos dias, a Anvisa deve enviar, também, sugestão relativa à melhor delimitação dos locais para quarentena de casos suspeitos, de acordo com critérios e especificidades de estados e municípios.
“As propostas serão avaliadas pelo grupo interministerial composto por Casa Civil, Ministério da Justiça e Segurança Pública e Ministério da Saúde, ao qual cabem decisões sobre a imposição de medidas de restrição excepcional e temporária de entrada no país”, informa a agência, em nota.
Panorama
O Brasil registrou 16,3 milhões de casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Ao todo, 454 mil pessoas morreram em decorrência da doença. O Ministério da Saúde já aplicou 65,2 milhões de doses (entre primeira e segunda imunização).
Nesta sexta-feira, o governo de Minas Gerais confirmou o primeiro caso da variante do coronavírus originária da Índia no estado. Essa é a principal preocupação de especialistas. A cepa pode aumentar os riscos de um terceira onda da doença no país.
Antes, Maranhão, Ceará, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo já haviam confirmado casos. O Distrito Federal investigou uma possível infecção, que foi descartada.
Alerta
O Ministério da Saúde e a Anvisa fizeram um alerta a estados e municípios para que monitorem portos e aeroportos a fim de conter a circulação da variante. Uma das medidas adotadas é a restrição de voos e a abordagem de ageiros estrangeiros.
De acordo com planos de contingência pré-estabelecidos, que definem os fluxos de comunicação, as unidades da Anvisa nos estados, ao detectarem um caso suspeito ou confirmado da doença, compartilham as informações com as unidades de vigilância locais, que am a monitorar o cumprimento das medidas sanitárias.