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Desde que a solicitação foi protocolada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), desta vez por uma suspeita de corrupção ativa supostamente praticada pelo religioso ao comprar decisão favorável no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), surgiu a pergunta sobre o paradeiro e as atuais atividades exercidas por ele. 11 imagensFechar modal.1 de 11Padre Robson de Oliveira Pereira, na Basílica de Trindade, em GoiásReprodução: Instagram2 de 11Reunião de padre Robson de Oliveira com a diretoria da Afipe, em 2020. Ele foi idealizador e fundador da associaçãoReprodução/Afipe3 de 11O padre foi apontado como suspeito de apropriação indébita, falsificação de documentos, associação criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiroReprodução/Instagram Pessoal4 de 11Padre era o reitor da Basílica do Pai Eterno, em Trindade (GO) Afipe5 de 11Padre Robson, figura da Igreja Católica conhecida em Goiás e que agora atua em São PauloDanilo Eduardo/Afipe6 de 11As suspeitas foram levantadas diante das movimentações financeiras nas contas da AfipeDivulgação/ Afipe7 de 11Antes de ser investigado pelo Ministério Público de Goiás por suspeita de desvio de R$ 120 milhões, padre Robson tinha fama e prestígioReprodução/Instagram8 de 11Entrada de Trindade, região metropolitana de Goiânia, GoiásVinícius Schmidt/Metrópoles9 de 11Comércio local de Trindade é fortalecido pelo turismo religioso Vinícius Schmidt/Metrópoles10 de 11Símbolos e imagens religiosas estão espalhados por toda a cidadeVinícius Schmidt/Metrópoles11 de 11Basílica de Trindade recebia romeiros do Brasil inteiro ao longo da festa e no ano todoDivulgação O Metrópoles conversou com pessoas da Igreja e de Trindade para obter informações sobre a situação atual daquele que é um dos padres mais famosos da Igreja Católica no Brasil e que se vê envolvido em um escândalo ainda sem desfecho. Desde que o caso de suposto desvio de dinheiro doado por fiéis veio à tona, em agosto de 2020, ele permanece em silêncio. Padre Robson viveu os últimos meses entre a casa dos redentoristas no Setor Universitário, em Goiânia, onde permaneceu recluso por um tempo, e a residência de familiares em um condomínio de luxo (Condomínio do Lago). Além disso, ele teria ido algumas vezes até Trindade para falar com pessoas próximas, mas de maneira discreta, acompanhado por um motorista, somente. Paradeiro incerto Da semana ada para cá, no entanto, com a novidade do pedido de prisão, o paradeiro dele é dado como incerto por aqueles que, até então, sabiam mais ou menos da rotina e dos locais frequentados pelo religioso. As notícias que antes circulavam e davam conta do ir e vir de Robson de Oliveira deixaram de existir. A última visita dele ao pai, em Trindade, teria ocorrido há mais de 20 dias. Sua chegada à cidade sempre era registrada de alguma forma no burburinho entre padres e pessoas próximas da Igreja. Além de ser uma figura cujo poder ainda persiste na rotina do município, os veículos utilizados por ele são reconhecidos por muitos por lá. Leia também Brasil Audiência no STJ discute pedido da PF para prisão de padre Robson Brasil Saiba por que padre Robson pode ser preso a pedido da Polícia Federal Brasil Polícia Federal pede prisão preventiva do padre Robson de Oliveira Brasil Justiça manda Facebook excluir xingamentos de fãs do padre Robson O líder costuma andar em uma Ford Ranger XLT branca e, mais recentemente, ou a utilizar um Tiggo 8 preto, sempre ao lado de um motorista. As idas a Trindade, para além da visita ao pai, seriam também para conversar pessoalmente com uma irmã, considerada “braço direito” dele. A família estaria se mudando das casas de luxo do condomínio para imóveis antigos. 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Robson de Oliveira continua sob as restrições ministeriais. O Metrópoles perguntou, ainda, sobre onde ele estaria, mas não obteve resposta. O que se sabe é que, desde agosto de 2020, segue em silêncio. Nem pelas redes sociais é permitido que fale sobre qualquer assunto. 4 imagensFechar modal.1 de 4Visita em 2012 ao canteiro de obras do novo santuário, em Trindade (GO), junto do então governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e do prefeito da cidade Jânio Darrot (PSDB)Lailson Damásio2 de 4O então governador Marconi Perillo (PSDB) em visita ao padre Robson de Oliveira, em Trindade, junto do então prefeito da cidade, Jânio Darrot (PSDB)Rodrigo Cabral3 de 4Visita de padre Robson ao então prefeito de Goiânia (e ex-governador), Iris Rezende (MDB), em 2017Reprodução/Instagram4 de 4Padre Robson foi presidente da Afipe até 2020, quando foi deflagrada a Operação Vendilhões e veio à tona a suspeita de desvio de dinheiro doado por fiéisReprodução/Afipe Além do decreto canônico dos redentoristas, existe ainda uma suspensão de ordem da Arquidiocese de Goiânia, datada de 23 de agosto de 2020, quando foi deflagrada a Operação Vendilhões, e que também segue vigente. No documento, o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, revogou a atuação de padre Robson dentro do território da arquidiocese. Afastado e com desafetos Ele foi afastado não só das funções na basílica de Trindade, mas também da direção da Afipe. Uma sindicância foi feita na Associação para identificar se houve ou não desvios de dinheiro. De imediato, como consequência das acusações contra o padre, ocorreu uma queda brusca das doações de fiéis. O montante mensal que girava em torno de R$ 20 milhões reduziu 80% de um mês para o outro. Entre os redentoristas, todo o escândalo, as suspeitas e o comportamento de padre Robson acabaram criando um clima não muito amigável. 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Valor divulgado no início da obra foi de R$ 100 milhõesVinícius Schmidt/Metrópoles6 de 11Obra do novo Santuário do Divino Pai Eterno começou em 2012, mas até 2021 havia avançado apenas 17%Vinícius Schmidt/Metrópoles7 de 11Previsão era de que obra fosse concluída até 2022. Hoje, a Afipe já não trabalha com prazo específico de conclusãoVinícius Schmidt/Metrópoles8 de 11Padre Robson de Oliveira, então reitor da Basílica de Trindade (GO), lançou a pedra fundamental da obra em 2011, durante a romaria daquele anoReprodução9 de 11Visita de Marconi Perillo (PSDB) à obra do novo Santuário do Pai Eterno, em março de 2013, acompanhado pelo padre Robson de Oliveira e o arcebispo Dom Washington CruzRodrigo Cabral10 de 11Santuário atual do Divino Pai Eterno, que atraía cerca de 3 milhões de pessoas, durante os dias de festa, entre junho e julhoVinícius Schmidt/Metrópoles11 de 11Mesmo sem festa e com igreja fechada, grupo de muladeiros percorreu 315 Km até Trindade (GO), em devoção ao Pai Eterno em junho deste anoVinícius Schmidt/Metrópoles A Afipe conseguiu recuperar parte das doações perdidas, mas ainda não chegou ao que era antes. 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Ameaçado de prisão: por onde anda o padre Robson de Oliveira

De volta aos holofotes após pedido de prisão feito pela PF, ex-reitor da Basílica de Trindade (GO) segue proibido de se manifestar

atualizado

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Arquivo/Afipe
Padre Robson de Oliveira
1 de 1 Padre Robson de Oliveira - Foto: Arquivo/Afipe

Goiânia – Alvo de um pedido de prisão pela Polícia Federal (PF) e de volta ao noticiário, o padre Robson de Oliveira, de 47 anos, ex-reitor da basílica de Trindade (GO), cumpre rotina limitada por regras impostas pela arquidiocese e pelos missionários redentoristas de Goiás.

Desde que a solicitação foi protocolada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), desta vez por uma suspeita de corrupção ativa supostamente praticada pelo religioso ao comprar decisão favorável no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), surgiu a pergunta sobre o paradeiro e as atuais atividades exercidas por ele.

11 imagens
Reunião de padre Robson de Oliveira com a diretoria da Afipe, em 2020. Ele foi idealizador e fundador da associação
O padre foi apontado como suspeito de apropriação indébita, falsificação de documentos, associação criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro
Padre era o reitor da Basílica do Pai Eterno, em Trindade (GO)
Padre Robson, figura da Igreja Católica conhecida em Goiás e que agora atua em São Paulo
As suspeitas foram levantadas diante das movimentações financeiras nas contas da Afipe
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Padre Robson de Oliveira Pereira, na Basílica de Trindade, em Goiás

Reprodução: Instagram
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Reunião de padre Robson de Oliveira com a diretoria da Afipe, em 2020. Ele foi idealizador e fundador da associação

Reprodução/Afipe
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O padre foi apontado como suspeito de apropriação indébita, falsificação de documentos, associação criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

Reprodução/Instagram Pessoal
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Padre era o reitor da Basílica do Pai Eterno, em Trindade (GO)

Afipe
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Padre Robson, figura da Igreja Católica conhecida em Goiás e que agora atua em São Paulo

Danilo Eduardo/Afipe
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As suspeitas foram levantadas diante das movimentações financeiras nas contas da Afipe

Divulgação/ Afipe
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Antes de ser investigado pelo Ministério Público de Goiás por suspeita de desvio de R$ 120 milhões, padre Robson tinha fama e prestígio

Reprodução/Instagram
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Entrada de Trindade, região metropolitana de Goiânia, Goiás

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Comércio local de Trindade é fortalecido pelo turismo religioso

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Símbolos e imagens religiosas estão espalhados por toda a cidade

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Basílica de Trindade recebia romeiros do Brasil inteiro ao longo da festa e no ano todo

Divulgação

O Metrópoles conversou com pessoas da Igreja e de Trindade para obter informações sobre a situação atual daquele que é um dos padres mais famosos da Igreja Católica no Brasil e que se vê envolvido em um escândalo ainda sem desfecho. Desde que o caso de suposto desvio de dinheiro doado por fiéis veio à tona, em agosto de 2020, ele permanece em silêncio.

Padre Robson viveu os últimos meses entre a casa dos redentoristas no Setor Universitário, em Goiânia, onde permaneceu recluso por um tempo, e a residência de familiares em um condomínio de luxo (Condomínio do Lago). Além disso, ele teria ido algumas vezes até Trindade para falar com pessoas próximas, mas de maneira discreta, acompanhado por um motorista, somente.

Paradeiro incerto

Da semana ada para cá, no entanto, com a novidade do pedido de prisão, o paradeiro dele é dado como incerto por aqueles que, até então, sabiam mais ou menos da rotina e dos locais frequentados pelo religioso. As notícias que antes circulavam e davam conta do ir e vir de Robson de Oliveira deixaram de existir.

A última visita dele ao pai, em Trindade, teria ocorrido há mais de 20 dias. Sua chegada à cidade sempre era registrada de alguma forma no burburinho entre padres e pessoas próximas da Igreja. Além de ser uma figura cujo poder ainda persiste na rotina do município, os veículos utilizados por ele são reconhecidos por muitos por lá.

O líder costuma andar em uma Ford Ranger XLT branca e, mais recentemente, ou a utilizar um Tiggo 8 preto, sempre ao lado de um motorista. As idas a Trindade, para além da visita ao pai, seriam também para conversar pessoalmente com uma irmã, considerada “braço direito” dele. A família estaria se mudando das casas de luxo do condomínio para imóveis antigos.

Pressão e medo de usar telefone

A predileção por conversas presenciais, sem o uso de celulares, tornou-se realidade na vida do padre. Com a divulgação do escândalo e as suspeitas que recaem sobre ele, Robson de Oliveira teria desenvolvido certo temor e cautela ao utilizar aparelhos celulares.

Foi a partir do suposto conteúdo obtido por hackers em dispositivos eletrônicos que tudo começou, inclusive a suspeita do Ministério Público de Goiás (MPGO) de que havia uso irregular do dinheiro doado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), criada por ele.

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Padre Robson de Oliveira, quando criança, em Trindade. Ele nasceu em 1974 e hoje tem 47 anos
O padre entrou para o seminário aos 14 anos e se tornou sacerdote aos 24. Estudou na Irlanda e em Roma. Ao voltar ao Brasil, virou reitor da Basílica do Divino Pai Eterno
Padre Robson Iniciou a profissão religiosa há 27 anos, como missionário redentorista
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Aparição mais recente de padre Robson de Oliveira. Ele participou em fevereiro de uma assembleia on-line da Província Redentorista de Goiás

Reprodução/Instagram
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Padre Robson de Oliveira, quando criança, em Trindade. Ele nasceu em 1974 e hoje tem 47 anos

Reprodução/ Instagram
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O padre entrou para o seminário aos 14 anos e se tornou sacerdote aos 24. Estudou na Irlanda e em Roma. Ao voltar ao Brasil, virou reitor da Basílica do Divino Pai Eterno

Reprodução/Instagram
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Padre Robson Iniciou a profissão religiosa há 27 anos, como missionário redentorista

Reprodução/Instagram

No período em que ele esteve hospedado na casa dos redentoristas, em Goiânia, cumpriu a rotina interna, seguindo as regras impostas por um decreto canônico. Chegou a participar de reuniões on-line dos missionários no início deste ano.

Aqueles que conviveram com ele ou o viram recentemente o descrevem como uma pessoa deprimida e pressionada pelos escândalos. Como as suspeitas possuem potencial de respingar em figuras importantes em Goiás, ele teria desenvolvido certo medo de ser visto ou de ter o paradeiro descoberto.

Regras impedem entrevistas e manifestações

Procurada pela reportagem, a Província de Goiás dos Redentoristas informou, apenas, que o decreto que o impede de se manifestar, dar entrevistas e participar de celebrações religiosas segue vigente. Robson de Oliveira continua sob as restrições ministeriais.

O Metrópoles perguntou, ainda, sobre onde ele estaria, mas não obteve resposta. O que se sabe é que, desde agosto de 2020, segue em silêncio. Nem pelas redes sociais é permitido que fale sobre qualquer assunto.

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O então governador Marconi Perillo (PSDB) em visita ao padre Robson de Oliveira, em Trindade, junto do então prefeito da cidade, Jânio Darrot (PSDB)
Visita de padre Robson ao então prefeito de Goiânia (e ex-governador), Iris Rezende (MDB), em 2017
Padre Robson foi presidente da Afipe até 2020, quando foi deflagrada a Operação Vendilhões e veio à tona a suspeita de desvio de dinheiro doado por fiéis
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Visita em 2012 ao canteiro de obras do novo santuário, em Trindade (GO), junto do então governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e do prefeito da cidade Jânio Darrot (PSDB)

Lailson Damásio
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O então governador Marconi Perillo (PSDB) em visita ao padre Robson de Oliveira, em Trindade, junto do então prefeito da cidade, Jânio Darrot (PSDB)

Rodrigo Cabral
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Visita de padre Robson ao então prefeito de Goiânia (e ex-governador), Iris Rezende (MDB), em 2017

Reprodução/Instagram
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Padre Robson foi presidente da Afipe até 2020, quando foi deflagrada a Operação Vendilhões e veio à tona a suspeita de desvio de dinheiro doado por fiéis

Reprodução/Afipe

Além do decreto canônico dos redentoristas, existe ainda uma suspensão de ordem da Arquidiocese de Goiânia, datada de 23 de agosto de 2020, quando foi deflagrada a Operação Vendilhões, e que também segue vigente. No documento, o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, revogou a atuação de padre Robson dentro do território da arquidiocese.

Afastado e com desafetos

Ele foi afastado não só das funções na basílica de Trindade, mas também da direção da Afipe. Uma sindicância foi feita na Associação para identificar se houve ou não desvios de dinheiro. De imediato, como consequência das acusações contra o padre, ocorreu uma queda brusca das doações de fiéis. O montante mensal que girava em torno de R$ 20 milhões reduziu 80% de um mês para o outro.

Entre os redentoristas, todo o escândalo, as suspeitas e o comportamento de padre Robson acabaram criando um clima não muito amigável. Existe, hoje, entre os demais padres da província, uma certa oposição à figura dele, devido às “manchas” geradas na imagem da Igreja.

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Foto divulgada pela Afipe, anos atrás, mostra o maior sino suspenso do mundo, produzido na Polônia e que será instalado na nova igreja em Trindade
Maior sino do mundo está pronto para ser instalado no novo santuário, cuja obra se arrasta há anos
Obra do novo santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), foi iniciada em abril de 2012
Projeto está orçado, atualmente, em torno de R$ 1,4 bilhão. Valor divulgado no início da obra foi de R$ 100 milhões
Obra do novo Santuário do Divino Pai Eterno começou em 2012, mas até 2021 havia avançado apenas 17%
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Maquete eletrônica do projeto do novo Santuário do Divino Pai Eterno, cuja obra se arrasta há 12 anos

Reprodução
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Foto divulgada pela Afipe, anos atrás, mostra o maior sino suspenso do mundo, produzido na Polônia e que será instalado na nova igreja em Trindade

Reprodução/Afipe
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Maior sino do mundo está pronto para ser instalado no novo santuário, cuja obra se arrasta há anos

Reprodução/Afipe
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Obra do novo santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), foi iniciada em abril de 2012

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Projeto está orçado, atualmente, em torno de R$ 1,4 bilhão. Valor divulgado no início da obra foi de R$ 100 milhões

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Obra do novo Santuário do Divino Pai Eterno começou em 2012, mas até 2021 havia avançado apenas 17%

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Previsão era de que obra fosse concluída até 2022. Hoje, a Afipe já não trabalha com prazo específico de conclusão

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Padre Robson de Oliveira, então reitor da Basílica de Trindade (GO), lançou a pedra fundamental da obra em 2011, durante a romaria daquele ano

Reprodução
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Visita de Marconi Perillo (PSDB) à obra do novo Santuário do Pai Eterno, em março de 2013, acompanhado pelo padre Robson de Oliveira e o arcebispo Dom Washington Cruz

Rodrigo Cabral
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Santuário atual do Divino Pai Eterno, que atraía cerca de 3 milhões de pessoas, durante os dias de festa, entre junho e julho

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Mesmo sem festa e com igreja fechada, grupo de muladeiros percorreu 315 Km até Trindade (GO), em devoção ao Pai Eterno em junho deste ano

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Afipe conseguiu recuperar parte das doações perdidas, mas ainda não chegou ao que era antes. Criada para gerir o dinheiro doado pelos fiéis do Divino Pai Eterno, cuja festa anual reuniu mais de três milhões de pessoas nas edições anteriores à pandemia, a associação foi fundada também para realizar a obra do novo santuário de Trindade.

A construção foi iniciada em 2012, com orçamento inicial de R$ 100 milhões e previsão de término em 2022. Até março deste ano e, portanto, nove anos depois, apenas 17% do projeto estavam concluídos e o valor total da obra já havia subido para R$ 1,4 bilhão.

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